Folha de Londrina

‘Teremos condições de modelar as redes de transporte’

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A diretora de Trânsito e Si s t e m a V i á r i o d o Ip p u l ( Instituto de Pesquisa e Planejamen­to Urbano de Londrina), Denise Ziober, explicou que afirma que o trabalho de pesquisa de mobilidade teve início em novembro de 2018, por meio de contagens volumétric­as de cruzamento­s. “Foram seis mil questionár­ios nas entradas e saídas da cidade. Tivemos o que chamamos de linha de contorno para fazer a calibragem dos dados e as pesquisas de origem e destino embarcada realizadas nos ônibus. Tivemos 89% deste começo concluídos”, destacou.

Ela explicou que as pesquisas domiciliar­es tiveram início em fevereiro. Dos 2.322 domicílios sorteados, cerca de 1,6 mil fora visitados.” Às vezes tem domicílio concluído, mas existem aqueles que é preciso retornar para falar com todos os membros da família, já que todos acima de 10 anos de idade precisam ser entrevista­dos”, declarou. Dessa amostragem de 1,6 mil, cerca de 15% já foram concluídos. “Estamos com 29% em andamento e as recusas foram em torno de 12%. Essas recusas acontecera­m mais no início da pesquisa, porque os moradores desconfiav­am em relação à segurança, mesmo recebendo uma correspond­ência informando que essa pesquisa seria feita. Mas agora a receptivid­ade é maior e a gente acredita que no fim de abril sejam concluídas as pesquisas de campo”, declarou.

Ziober ressaltou que Londrina não era realizada uma pesquisa sobre como a população se movimentav­a desde 1994. “Em 2006, quando o Estado foi rever as linhas de ônibus metropolit­anas, eles ‘requentara­m’ dados de 1994, e fizeram algumas coletas para fazer a ‘calibragem’”, observou. A diretora ressaltou que a cidade se expandiu e mudou bastante e mesmo na área central surgiram muitos empreendim­entos. “A rede de transporte foi planejada como radial, convergind­o para o terminal central e perpetua até hoje porque ninguém fez pesquisa para rever essa rede”, destacou. Ela explicou que o Superbus é um sistema tronco alimentado que pulveriza o transporte pelo terminal central e estações de transferên­cia ao longo de um corredor, que fará com que o transporte fique mais ágil e o trecho possa ser re a l i z a d o e m m e n o r tempo de viagem.

Ela ressaltou que o plano de mobilidade é o resultado da análise dessas pesquisas. “Vamos conseguir traçar cenários por meio de software de simulação, porque em cada canto da cidade temos volume de tráfego por tipo de veículo: caminhão, moto, carro, ônibus, bicicletas. Temos dados inclusive de não motorizado­s, que fazem caminhadas. A gente pode fazer por trechos de vias modo por modo, ou pelo volume total que disputa espaço nessa mesma via”, destacou. Ela explicou que essas respostas são mais complexas e as análises são mais demoradas, mas dependendo da pergunta haverá uma modelagem bem diferente da outra. “Aí sim teremos condições de modelar as redes de transporte coletivo, modelar as rotas principais e prioritári­as a esse transporte acessível e inclusive pensar políticas de transporte­s de cargas na cidade”, destacou.

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