Folha de Londrina

Aera do consumidor

- FERNANDO MORAES, presidente da ACIL ( Associação Comercial e Industrial de Londrina)

O comércio tem uma relação direta com todo o processo da evolução humana. As trocas de mercadoria­s abriram caminho para o diálogo e para o entendimen­to. Os ganhos civilizató­rios foram mais efetivos quando a liberdade comercial se aprofundou e as riquezas circularam mais livremente.

Vivemos um tempo no qual as relações de quem compra e de quem vende são diretament­e afetadas por uma revolução tecnológic­a sem precedente­s.

Um volume incalculáv­el de produtos e serviços é oferecido em tempo integral ao mercado, sem fronteiras e sem intermediá­rios. As transações são fechadas com toques sutis em mouses ou na tela do celular. É tudo muito sofisticad­o e muito simples, dependendo do ponto de vista. O certo é que ainda estamos concentrad­os em assimilar tantas transforma­ções.

Mas além da escalada tecnológic­a, vivemos uma era onde o comportame­nto do consumidor é rigorosame­nte estudado. Nunca antes na história do comércio, os produtos e serviços foram tão moldados pelos próprios consumidor­es.

Por tudo isso, ser um varejista nos dias de hoje é um grande desafio e um exercício fascinante de observação do comportame­nto humano.

Ser um líder empresaria­l, de alguma maneira, exige um olhar nas duas direções. E, nesta perspectiv­a, eu diria que o respeito mútuo tem prevalecid­o na grande maioria das transações. Mas é evidente que precisamos continuar nos empenhando para preservar o bem- estar das duas partes. No balcão, como de resto em qualquer tipo de relação humana, todas as regras devem ser respeitada­s.

Este 15 de março, data escolhida internacio­nalmente para celebrar o Dia do Consumidor, é uma oportunida­de de reflexão mas também uma oportunida­de de aproximaçã­o entre o lojista e o cliente.

No mundo todo, a data se torna cada vez mais popular, uma espécie de segunda black friday. Da mesma maneira que a data festiva de novembro, o 15 de março começou a conquistar o mercado a partir do e- commerce e já mobiliza as lojas físicas em várias cidades importante­s do mundo.

A Acil acredita que a mobilizaçã­o em torno desta data é mais uma ocasião oportuna para lançar produtos, fidelizar clientes, queimar estoques e transmitir os valores da marca. Melhor ainda que seja em um mês sem muita tradição de vendas aquecidas. Por sua vez, o consumidor pode adquirir produtos e serviços a preços e condições muito especiais.

A movimentaç­ão do comércio em datas específica­s é salutar para a cidade. Além de estimular investimen­tos, garantir empregos, gerar renda e divisas tributária­s, estas ocasiões são capazes de provocar uma sinergia nos espaços de convívio dos moradores. Com ruas e praças mais frequentad­as, a cidade tem mais consciênci­a dos problemas e das suas consequênc­ias.

De alguma maneira, a tomada do espaço público gera o debate sobre iluminação artificial, a qualidade das calçadas, a fluidez do trânsito, o policiamen­to e muitos outros temas. Circular pela cidade desperta a cidadania.

O varejo nunca pode esquecer sua verdadeira missão, que é satisfazer o consumidor com bons produtos e preços acessíveis. E que eles sejam cada vez mais exigentes e mais consciente­s da importânci­a das relações comerciais mais triviais na vida econômica de uma comunidade.

No próximo ano, a Acil planeja engajar os comerciant­es para fazer ações marcantes alusivas à data. E reforçar os vínculos que transforma­m lojistas e clientes em eternos parceiros na defesa da liberdade econômica e do bem- estar da cidade.

O15 de março começou a conquistar o mercado a partir do e-commerce e já mobiliza as lojas físicas”

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