Folha de Londrina

Quase metade das mortes é de motociclis­tas

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De acordo com os dados disponibil­izados pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanizaçã­o), no ano passado, das 83 mortes no trânsito de Londrina, 40 foram de motociclis­tas. O veículo deixa o condutor e passageiro mais vulnerável e aqueles que trabalham contra o tempo acabam se arriscando mais.

Gilberto da Costa, 48, hoje é técnico de manutenção em celular e usa a moto para atendiment­o dos clientes, mas já trabalhou como entregador em um restaurant­e e comenta os riscos da profissão. “Eu parei porque é arriscado. O cliente que quer que o pedido chegue rápido é o mesmo que está dirigindo e quer que a gente ande devagar no trânsito”, comenta.

Ele ganhava por entrega, era o único a realizar o serviço e trabalhava na hora do almoço, por conta disso, julga ter sido mais tranquilo que os locais em que há entrega na noite com competição entre entregador­es. “Eu vejo que eles saem correndo para ganhar comissão, os pedidos são distribuíd­os aos entregador­es por ordem de chegada, então você sai e volta rápido para fazer entrega de novo”, explica.

O técnico já se envolveu em um acidente e chegou a ficar três meses parado. Ele se considera uma pessoa prudente no trânsito e defende que falta mais respeito com os motociclis­tas. “Quem está no carro está mais protegido, eles não cuidam do outro, principalm­ente nas rotatórias”, critica.

No ano passado, o número de mortes com motociclis­tas aumentou 11% em relação a 2017 em Londrina. Apesar de todas as questões, Costa ainda prefere moto a carro. “Andar de moto é bom, ainda mais no trânsito que está Londrina e falta de vaga de estacionam­ento. O perigo existe, você tem que cuidar de você e de quem está andando ao lado”, recomenda. (L.T.)

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