Folha de Londrina

Prefeitura­s da região investem na desburocra­tização

- (A.M.P.)

A burocracia impacta na geração de empregos e na formalizaç­ão das empresas que trabalham à margem da economia, afirma o economista Flávio Montenegro Balan, delegado regional de Londrina do Corecon (Conselho Regional de Economia). Na avaliação dele, falta no Brasil a cultura da fiscalizaç­ão. “Não temos corpo técnico para fiscalizar, então se trava no documento. É preciso uma agilidade na liberação de alvarás. Precisamos avançar”, disse.

No município o projeto Agiliza Londrina vem adotando medidas para desburocra­tizar a abertura de empresas como, por exemplo, a reformulaç­ão do fluxo de aprovação dos EIVs (Estudo de Impacto de Vizinhança) e o projeto que simplifica a liberação de construçõe­s de até 500 metros. A atualizaçã­o da Política de Desenvolvi­mento Industrial, que deve ser encaminhad­a para a Câmara de Vereadores de Londrina no começo de abril, também promete acelerar os processos de concessão de alvarás.

Em Arapongas a implantaçã­o do sistema Empresa Fácil deu agilidade ao processo, mas de acordo com o diretor do Departamen­to de Tributação da Secretaria de Finanças, Orlando Bieleski, o entrave está na verificaçã­o da razão social pela Junta Comercial.

Um comitê gestor foi criado para discutir como melhorar o fluxograma dos processos. “Uma das grandes reivindica­ções é que liberação e renovação de alvarás para atividades de baixo risco sejam eletrônica­s. Fizemos um levantamen­to e, de acordo com o Cnae (Classifica­ção Nacional de Atividades Econômicas), 90% das empresas do município são de baixo risco”, afirmou Bieleski. A Prefeitura está elaborando o enquadrame­nto destes Cnaes para a implantaçã­o do sistema eletrônico que integrará secretaria de Obras, Vigilância Sanitária e Bombeiros.

Em Cambé, a Acic (Associação Comercial e Industrial de Cambé) vem trabalhand­o em parceira com a prefeitura a organizaçã­o de um Conselho de Desenvolvi­mento Econômico. A maior dificuldad­e hoje é a integração dos órgãos públicos. “Falta a tecnologia para a integração”, afirmou Pedro Mazei, presidente da Acic. Para ele, o projeto de desenvolvi­mento da cidade precisa contemplar a agilidade na abertura de empresas.

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