Pacientes devem se manter ocupados
O motorista aposentado Delcidis dos Santos, citado no início da matéria, aprendeu uma lição com o Parkinson: “não posso ficar sentado esperando a doença evoluir”. Ele faz caminhadas, planta frutas e legumes em um terreno ao lado da casa e não perde uma aula no ambulatório de fisioterapia da UEL, coordenado por Suhaila Smaili.
Essa rotina natural, que muitas vezes tem uma série de limitações entre os pacientes com Parkinson, se deve a vários cuidados que Santos segue. Além dos remédios, ele pratica exercícios supervisionados que levam em consideração a amplitude dos movimentos, coordenação, equilíbrio, treino cognitivo, treino de marcha e de dupla tarefa.
“O exercício bem indicado está relacionado com a angiogênese, que é a formação de novos vasos sanguíneos que vão nutrir células nervosas e estimular a função de neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro de se reparar diante de uma lesão”, explica a fisioterapeuta, que em 2017 foi uma das dez profissionais selecionadas em todo o mundo para o treinamento da International Parkinson and Movement Disorder Society para o tratamento de pacientes.
Ela lembra de uma pesquisa realizada pelo grupo em 2018, com pacientes da mesma idade e tempo de doença, mas acompanhados e não acompanhados com fisioterapia. “Os resultados mostraram que a fisioterapia exerce uma função de neuroproteção.” (M.O.)
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