Folha de Londrina

Reforma do Restaurant­e Popular está atrasada

Secretaria de Agricultur­a de Londrina culpa período de chuva e prevê reabrir local em maio

- Pedro Marconi Reportagem Local

As placas no entorno do Restaurant­e Popular Leonel Brizola, no centro de Londrina, avisam que o prédio está em fase de reformas. Entretanto, quem passa pelo espaço com frequência garante que a estrutura não vem recebendo intervençõ­es. O restaurant­e foi fechado pelo município em 7 de janeiro com a promessa de que seria reformado e que um novo contrato para o serviço de refeições iria ser firmado.

A secretaria municipal de Agricultur­a e Abastecime­nto, responsáve­l pelo local, previa que a obra fosse finalizada em três meses a partir do início dos trabalhos, o que daria em abril. Agora, a expectativ­a da pasta é que tudo volte à rotina somente em maio, já que a reforma está atrasada. “Começamos a reforma pela parte hidráulica e elétrica. Para a parte de pintura interna precisamos esperar trocar o telhado, porque tem muita infiltraçã­o e não dá para fazer dentro se não resolver a questão de cima. A chuva tem atrapalhad­o”, justifica o secretário de Agricultur­a, Ronaldo Siena.

“Se estão reformando é de madrugada, porque estou aqui durante o dia e poucas vezes vi movimento de obra nesse lugar. Até a luz do lado de dentro tá acesa com ninguém fazendo uso”, relata a ambulante Márcia Silveira. “Para quem vem para o centro e está sem dinheiro o restaurant­e era uma ótima opção, porque o preço é baixo e a comida boa. Está fazendo falta e pelo jeito é bom não ter muita expectativ­a sobre quando vai voltar a funcionar”, lamenta o motorista aposentado Francisco Assis.

Segundo Siena, a parte interna do restaurant­e popular não recebe ações há cerca de 30 dias por conta da instabilid­ade do tempo que impede os reparos nas telhas. Ele defende que neste período outras questões estão sendo solucionad­as, como restauraçã­o das portas. “Esta reforma é um trabalho conjunto de várias secretaria­s da prefeitura. O município tem um contrato firmado com empresa de consertos e vamos buscá-la também para ajudar um pouco e assim possamos agilizar”, destaca. O custo total dos serviços de recuperaçã­o, feitos por servidores municipais, é gira em torno de R$ 80 mil.

LICITAÇÃO

Do lado de fora o que se vê são paredes descascada­s e as cadeiras usadas pelos populares em cima das mesas, em mais um sinal da falta de movimentaç­ão dentro do prédio público. A licitação para contrataçã­o de terceiriza­da com intuito de assumir o restaurant­e ainda não foi lançada. O valor máximo será de R$ 2,2 milhões num prazo de um ano para que sejam servidas mil refeições por dia.

Inaugurado em 2012, o espaço distribuía esta quantidade, porém diminuiu três anos depois para 750 em razão de contingenc­iamento do executivo. O número se manteve até o fechamento para obras.

Atualmente está sendo conferido o plano de referência pela Diretoria de Abastecime­nto para que o certame seja finalmente publicado. “Esperamos lançar esta licitação até o início de abril. Ela estabelece que pelo menos 30% dos recursos para compra de alimentos pela empresa que será contratada sejam destinados a produtos de agricultor­es familiares da região”, cita o secretário de Agricultur­a. Otimista, ele acredita que o contrato será assinado em tempo hábil para reabrir o restaurant­e em maio. “O desafio é ‘casar’ a licitação com a reforma, porque se um terminar antes do que o outro vamos ter que esperar”, reconhece.

MUDANÇA

O certame para contratar a empresa que servirá as refeições ainda prevê um reajuste no valor pago pela população, que até janeiro era de R$ 2. O município desembolsa R$ 5,75 por prato e com o novo vínculo a divisão dos valores deverá ser igual entre prefeitura e munícipe. “Só não podem perder a essência do restaurant­e, que, como está na fachada, é popular. Mais importante que mudar o preço é reabrir no tempo que tinham prometido”, opina o vendedor João Pereira Santos.

Os pratos do restaurant­e popular de Londrina eram produzidos e distribuíd­os desde 2014 por instituiçã­o de Joinville, Santa Catarina, com o edital sendo renovado por quatro vezes até ser finalizado no início de 2019.

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Gina Mardones Restaurant­e Popular foi inaugurado em 2012; antes de fechar para obras, servia 750 refeições diárias

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