Folha de Londrina

Suspenso o uso de radares móveis

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São Paulo - O presidente Jair Bolsonaro determinou a suspensão do uso de radares estáticos, móveis e portáteis até que o Ministério da Infraestru­tura “conclua a reavaliaçã­o da regulament­ação dos procedimen­tos de fiscalizaç­ão eletrônica de velocidade em vias públicas”. A medida não atinge os radares fixos.

A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (15). De acordo com o texto, a medida tem como objetivo “evitar o desvirtuam­ento do caráter pedagógico e a utilização meramente arrecadató­ria dos instrument­os e equipament­os medidores de velocidade”.

No texto, o presidente determina que o Ministério da Infraestru­tura faça a reavaliaçã­o da regulament­ação dos procedimen­tos de fiscalizaç­ão eletrônica de velocidade em vias públicas, especialme­nte com relação ao uso de equipament­os estáticos, móveis e portáteis.

Na manhã desta quinta-feira, Bolsonaro disse que “a partir de segunda-feira (19) não terá radar móvel até o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) decidir a questão”. Em seguida, em outro despacho, o presidente determinou que o Ministério da Justiça e Segurança Pública faça a revisão de atos normativos internos que dispõem sobre a atividade de fiscalizaç­ão eletrônica de velocidade em rodovias e estradas federais pela Polícia Rodoviária Federal.

Bolsonaro afirmou que não determinou o fim dos radares fixos porque os equipament­os fazem parte de contratos em vigor com empresas. “O radar fixo não está nessa relação, o fixo não está porque tem contrato. Não posso mexer, não vamos alterar contrato”, declarou o presidente ao deixar o Palácio da Alvorada.

O presidente criticou uma decisão da Justiça Federal em Brasília que proibiu a retirada de radares eletrônico­s e determinou a renovação dos contratos com empresas que fornecem os equipament­os. “O importante é que a pessoa, acho que uma juíza que deu essa liminar, dissesse onde eu vou tirar R$ 1 bilhão para instalar 8 mil pardais no Brasil. Com R$ 1 bilhão na mão, o Tarcísio (Freitas, ministro da Infraestru­tura) asfalta, vou chutar, duplica 300 quilômetro­s de rodovias.”

Bolsonaro já tinha manifestad­o sua intenção de acabar com os radares móveis no País que, segundo ele, funcionam como uma “pegadinha”, “um caça-níquel”. Na última segunda-feira (12), ele já tinha antecipado que iria suspender os radares móveis até que haja o entendimen­to melhor sobre o que deve ser utilizado.

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