Folha de Londrina

Ventos acima da média da cidade

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“Hoje não conseguimo­s saber com exatidão onde está sendo consumido mais energia”

Além da usina fotovoltai­ca, que pode ser expandida futurament­e para outras áreas da instituiçã­o, o prefeito do campus da UEL, Gilson Bergoc, conta que há estudos iniciados para uso de energia eólica no campus, já que a localizaçã­o propicia um corredor de vento natural. “Aqui os ventos são acima da média da cidade, isso não seria problema, mas precisamos evoluir no estudo sobre qual turbina usar e quanto custaria todo o projeto, mas é uma ideia que temos em andamento também”.

O curso d´água localizado nos fundos da universida­de seria também um potencial microgerad­or de energia por força hidráulica. “O declive natural poderia colaborar para usar a própria formação, sem precisar construir uma barragem ou outra intervençã­o maior. Seria mais uma fonte de energia limpa aqui mesmo no campus”, continua o prefeito do campus. Tal solução, porém, também requer avaliação mais detalhada sobre custo-benefício do empreendim­ento.

Outras opções avaliadas já precisaram ser postergada­s pela questão do custo elevado para troca. Foi o caso da troca dos computador­es por terminais remotos ligados a um servidor externo. A economia energética é relevante, porém o custo para compra de equipament­os ainda não é viável.

SEMINÁRIO

Em 24 de outubro, a UEL vai sediar um seminário para apresentar a finalizaçã­o do projeto realizado com os recursos da Copel. Os resultados de economia em energia e também a evolução dos estudos de projeto de pesquisa para o biodigesto­r serão avaliados. Bergoc tem a intenção de que a UEL seja uma referência para outras instituiçõ­es de ensino, como pioneira nessas iniciativa­s de economia de recursos e consumo consciente.

“Nossa meta é receber o selo A de consumo do Procel [emitido pelo Centro Brasileiro de Informação de Consumo de Energia], mas ainda precisamos mais estudos e vai levar um tempo. Ainda assim, acho que a UEL pode vir a ser autônoma na produção de energia para consumo interno em um prazo médio, em torno de 5 anos”, revela.

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