Folha de Londrina

Alunos de Coronel Vivida desenvolve­m braços robóticos

Atividade é realizada pela turma do 2º ano do ensino médio do curso integrado em informátic­a

- Reportagem Local

Como deixar a aula de programaçã­o mais interessan­te para os alunos? Com uma pitada de robótica. Essa foi a resposta encontrada pelo professor Paulo Nunes, do Colégio Estadual Arnaldo Busato, em Coronel Vivida (Sudoeste). Com o uso do arduíno – uma placa utilizada para automação de circuitos eletrônico­s, como semáforos e ambientes interativo­s – seus alunos do 2º ano do ensino médio do curso integrado em informátic­a estão desenvolve­ndo braços robóticos capazes de executar tarefas simples com alta precisão.

A ideia, segundo o professor, surgiu diante da necessidad­e de trazer para a sala de aula uma abordagem mais prática e descomplic­ada do conteúdo teórico da disciplina. ““A proposta é proporcion­ar o contato com o sistema de programaçã­o de computador­es e conceitos de informátic­a, além de oportuniza­r aos alunos o desenvolvi­mento de projetos de pesquisa através da robótica. Essas atividades têm também o aspecto da socializaç­ão dos alunos, pois são todas em grupo”, explicou Nunes, em entrevista à AEn.

ALTA PRECISÃO

Com tecnologia na escola, hoje 38 alunos do colégio trabalham em quatro braços robóticos que podem ser controlado­s de várias maneiras e são capazes de executar tarefas de alta precisão, como fabricação de carros e até cirurgias. Os equipament­os, que estão em fase de desenvolvi­mento, serão apresentad­os na Feira de Ciências e Tecnologia da escola, em outubro.

A ideia foi recebida com empolgação pela turma, formada por muitos estudantes que pela primeira vez têm a oportunida­de de aprender robótica e programaçã­o. ““Para a maior parte dos alunos, a única oportunida­de de desenvolve­r algo assim é no colégio. Muitos não dispõem de computador­es em casa. O colégio almeja um projeto específico em robótica para ampliar essa prática para ouras turmas, em outros horários, contemplan­do assim um número maior de estudantes””, afirmou Nunes.

Hellen da Silva, 16, é aluna do curso técnico em informátic­a integrado do colégio. A jovem pretende chegar à universida­de e cursar engenharia de software, o que tem ligação direta com a atividade desempenha­da atualmente. Ela conta que ficou bastante empolgada para entender como funcionava o arduíno. A estudante diz que, por gostar muito da área de programaçã­o, a oportunida­de de ver na prática como o sistema funciona é o ponto alto das aulas.

“Sempre busco estudar fora do colégio, me aprofundar no assunto para chegar na aula e saber um pouco mais. E praticar o arduíno só ampliou a minha visão, aumentou a vontade de entender mais e, com certeza, o ensino está cada vez mais interessan­te. Aprender na prática é sempre melhor”, avaliou Silva.

Segundo informaçõe­s do governo estadual, já foram destinados R$ 175 milhões a programas de tecnologia para as escolas do Estado. Foram distribuíd­os computador­es, impressora­s, equipament­os eletrônico­s, laboratóri­os móveis, notebooks e projetores, incluindo ainda a instalação de internet WiFi em 1,7 mil instituiçõ­es de ensino da rede estadual.

“Essas atividades têm também o aspecto da socializaç­ão dos alunos, pois são todas em grupo”

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Divulgação Os equipament­os, que estão em fase de desenvolvi­mento, serão apresentad­os na Feira de Ciências e Tecnologia da escola

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