Folha de Londrina

Chuva causa estragos em Londrina

Simepar prevê que temperatur­a máxima em Londrina e região fique acima dos 30ºC nos próximos dias

- Pedro Marconi

O clima quente que tem marcado presença sobre o Norte do Paraná não deve dar trégua, pelo menos nos próximos dias, segundo previsão do Simepar (Sistema Meteorológ­ico do Paraná). A temperatur­a máxima ao longo desta semana não ficará abaixo dos 30°C. Para sexta-feira (18), por exemplo, a expectativ­a é de que chegue aos 36ºC. As mínimas também não serão amenas.

“O calor vai continuar forte, com temperatur­as máximas e mínimas elevadas. Não temos condição de massa de origem polar. Mesmo que tenhamos declínio na temperatur­a, não é o suficiente para mudar a condição do tempo”, explicou a agrometeor­ologista do Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), Angela Costa. No domingo, o termômetro alcançou a marca de 36.8ºC.

De acordo com a pesquisado­ra, chuvas podem ser registrada­s, como ocorreu na tarde de segunda-feira (14) em Londrina, entretanto, de maneira irregular. “São chuvas mal distribuíd­as, pancadas. Isto é normal para esta época do ano, que é de transição”, destacou. Este sistema convectivo pode gerar temporais. “Aumenta a intensidad­e de ventos e pode vir com granizo e descargas atmosféric­as. Então, existe risco de vendavais”, alertou.

ESTRAGOS

A média histórica de precipitaç­ão para outubro em Londrina é de 154 milímetros. Até a tarde de segunda, o total era de 14.8 milímetros, sendo que 1.8 foram de uma pancada de chuva acompanhad­a de ventos que atingiu algumas localidade­s da cidade. Apesar de rápida, a chuva deixou alguns estragos. A Defesa Civil recebeu chamado de, pelo menos, duas quedas parciais de árvores e destelhame­nto de residência­s.

Uma delas foi a da frentista Simone Saito, na rua Amapá, no jardim Ideal, região central. A casa faz parte de um complexo com quatro residência­s, construída­s como sobrado. A armação de madeira e as telhas de duas saíram com a força do vento. “Estava me arrumando para ir trabalhar quando vi o telefone e o modem de internet ‘subindo’ para o teto com a fiação, ainda tentei segurar. Achei que a antena tinha caído. Logo em seguida começou a jorrar água dos bocais das lâmpadas. Foi um susto, minha sala ficou cheia de água.”

Um vizinho notou o que tinha acontecido e avisou a moradora e a dona das residência­s, que também vive no local, mas, na parte debaixo. “Estava arrumando alguns materiais num cômodo ao lado e só ouvi o barulho. Não imaginava que seria isso. Foi uma chuva rápida e destruidor­a”, lamentou. “Por sorte, fiz seguro para as casas. Ao contrário o prejuízo iria ser grande”, constatou. Os Bombeiros foram chamados e descartara­m dano na estrutura das casas. A Defesa Civil levou lona.

ENERGIA

Na zona sul, galhos de uma árvore de grande porte caíram e danificara­m parte da fiação na rua Paraguai esquina com rua Bolívia, na Vila Brasil. Cinquenta e nove imóveis ficaram sem energia por cerca de uma hora. “Deu um estrondo e ficou uns 20 segundos saindo faíscas da fiação que se rompeu. Quase os galhos e fios caíram”, contou Alisson Vicentini, que trabalha em um pet shop na região.

 ?? Ricardo Chicarelli ?? Defesa Civil recebeu chamado de, pelo menos, duas quedas parciais de árvores e destelhame­nto de residência­s
Ricardo Chicarelli Defesa Civil recebeu chamado de, pelo menos, duas quedas parciais de árvores e destelhame­nto de residência­s

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil