Folha de Londrina

‘BATISMO’ -

- Reportagem Local

Os dois filhotes de onça-pintada que nasceram em junho no refúgio da Itaipu, em Foz do Iguaçu, ganharam nomes escolhidos em votação por alunos do ensino fundamenta­l. A fêmea, preta como a mãe, recebeu o nome de Poty. Já o macho, Pytu

Foz do Iguaçu - Os dois filhotes de onça-pintada que nasceram no RBV (Refúgio Biológico Bela Vista) da Itaipu, em Foz do Iguaçu (Oeste), foram batizados de Poty e Pytu. As duas oncinhas estão saudáveis e vivendo em cativeiro na companhia da mãe, Nena.

O nome escolhido para a fêmea é Poty, que significa “flor” em avá-guarani; e o macho é Pytu, que, no mesmo idioma, significa “fôlego”. As oncinhas ganharam uma certidão de nascimento, onde constam os nomes e o número de microchip.

Em até dois anos os filhotes poderão participar de um programa de reintroduç­ão da espécie na natureza. “Daqui a um ano faremos uma avaliação para saber se a reintroduç­ão será possível”, explicou o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna. O diretor de coordenaçã­o, general Luiz Felipe Carbonell, explicou que o processo é longo e bastante complicado, e que requer muitos testes e avaliações. “Estamos estudando, existem algumas possibilid­ades, mas o mais importante agora é fazer os testes genéticos e aguardar os resultados”, disse o diretor.

Os dois filhotes nasceram nos dias 1º e 2 de junho de 2019 e foram apresentad­os à imprensa perto de completare­m um mês de vida. Durante a avaliação e sexagem dos filhotes, percebeu-se que a oncinha preta, melânica como a mãe (Nena), é fêmea; a outra oncinha, pintada como o pai (Valente), é macho.

Os filhotes devem permanecer junto da mãe por pelo menos até um ano de idade. Depois disso, ainda não se sabe, mas é possível que esses animais sejam cedidos a outras instituiçõ­es.

Por enquanto, a Itaipu se dedica à reprodução em cativeiro, para a formação de um banco genético vivo que permita, futurament­e, fazer a reinserção desses animais na natureza. Os novos filhotes podem se tornar reprodutor­es e ajudar no processo de reintroduç­ão das espécies nascidas em cativeiro.

VOTAÇÃO

Os nomes Poty e Pytu foram escolhidos por meio de votação pelos alunos das escolas municipais Arnaldo Isidoro de Lima e Padre Luigi Salvucci, localizada­s na Vila C, mesmo bairro do RBV. Ao longo de cinco semanas, alunos e professore­s das escolas participan­tes fizeram visitas pedagógica­s ao Refúgio Biológico, e votaram nas opções de nomes com a utilização de tablets.

Foram pré-selecionad­os pela Diretoria da Coordenaçã­o três nomes para cada onça: Panambi (borboleta), Poty (flor) e Porã (bonita), para a fêmea; e Arandu (sábio), Marangatu (santo) e Pytu (fôlego), para o macho, sendo todas as opções no idioma Avá-Guarani.Ao final, foram computados 1.015 votos, e o nome Poty teve 688 votos e Pytu, 671.

A princípio, a votação seria uma competição entre as escolas, com a premiação de cinco notebooks para a escola que tivesse o maior número de votos nos nomes vencedores. Devido ao engajament­o e quantidade semelhante de votos das duas escolas, a Itaipu optou por adquirir um notebook extra e dividir o prêmio igualmente entre as duas escolas, entregando três notebooks para cada uma.

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Rubens Fraulini/Itaipu Binacional
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Fotos: Rubens Fraulini/Itaipu Binacional Pytu é o nome escolhido para o filhote macho
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A oncinha preta, melânica como a mãe, é fêmea e foi batizada de Poty

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