Professor, professoras e professores
A folhinha marca hoje o Dia do Professor no Brasil. Uma categoria merecidamente enaltecida por todos. Só que governantes e autoridades esquecemse que foram alunos, que aprenderam o bê-ábá. Com as professoras, em sua maioria. Pois a mulher professora sempre teve mais paciência para ensinar. Só que essas professoras, formadas em Escola Normal, sempre foram maltratadas pelas autoridades, que lhes pagaram e pagam sempre o menor salário de todos os demais. Ela pode ser excelente alfabetizadora, mestra em formar os garotos, que se não tiver um “diploma de faculdade” não subirá na carreira, como se esse documento, muitas vezes em cursos de fim de semana, em algumas faculdades, recebem mais salários e direitos. O Paraná há casos iguais, que tiveram decisões diferentes. Dependendo da amizade ou da boa vontade do secretário de Educação ou de inspetoras regionais de ensino. Enfim, a professora normalista e as que dão aulas no primeiro grau, mesmo com graduaçao melhor, ganham a mesma merreca. Uma vergonha, pois o dinheiro que recebem mal dá para comprar remédios.
O “professor” não é aquele que o jogador de futebol o trata assim. Só que são “professores”, que à beira do campo de futebol, falam palavrões, xingam, brigam e etc. Nunca deveriam ser chamados de “professor”. Mas sim de treinador, que é o que são. Ou de técnico de futebol. Alguns são apenas “assopradores de apito” em treinamentos.
Eu, como o prezado leitor, tive certamente alguns ótimos professores. No grupo escolar onde estudei quatro anos, tive em dona América uma educadora. Braba, mas bondosa e sabia ensinar. Tive dona Benedita, seu Raimundo e dona Aparecida.
No ensino médio, já em Londrina, conheci ótimos professores como o professor J.J. Puls, o profesor Nestor, o professor Galdino, o professor Couto, todos do Colégio Londrinense. No meio ano que estudei no Colégio Estadual Vicente Rijo, conheci o prof. Mário Takahashi, que era o secretário geral, um cidadão educado, amigo, conselheiro.
Na Faculdade Estadual de direito, tive bons professores e amigos, conselheiros. Todos eles. Todos homens. Todos, diziam eles, torcendo para que nossa turma (formada em 64, diplomada em fevereiro de 65) brilhasse na profissão ou fora dela. Tenho saudades de todos eles e de colegas também, pois muitos já foram convocados por Deus.
Depois, em uma sociedade de ensino, onde fui sócio, diretor e professor de Estudos de Problemas Brasileiros, conheci alguns ótimos professores, dedicados, preocupados em ensinar e formar jovens para o futuro. Tive um aluno no Supletivo do Colégio São Paulo, que eu criei, que hoje é vice-presidente do Tribunal de Justiça do Paraná. Um outro trabalha na OEA, nos Estados Unidos. Há vários que se tornaram empreendedores.
E qualquer dia conto como criei a Faculdade Mulher (um nome fantasia), mas o curso que deu origem aos cursos do Colégio São Paulo, à Fefi, que depois se tornou uma universidade da cidade, comigo já fora, desde 1986.