LUIZ GERALDO MAZZA
Como nas vezes anteriores, pressão sindical foi insuficiente para evitar derrubada da licença-prêmio
Como nas vezes anteriores, a pressão sindical foi insuficiente para deter a derrubada da licença-prêmio. Não teve a força da havida contra a mexida na Paranaprevidência, aquela do massacre e dos mais de 200 feridos, mas revelou que a disposição de luta se manteve: a votação em segundo turno deu 37 a 15, o que revela ganho numérico na oposição. Embora a correlação de forças esteja alterada em relação ao passado de Beto Richa e imposição do tratoraço, a derrota obriga a manter e ampliar os níveis de mobilização, até porque o governo pode se sentir animado a outras ousadias como a de mexer nos adicionais (quinquênios) dos barnabés. O fato é que o governo tem que ir atrás do impossível para tolerar a asfixia fiscal, quando o que na verdade se impõe é tentar uma reforma administrativa que devolva um mínimo de eficiência ao mamulengo estatal, caro, gigantesco e inepto.
Uma gestão que tem boa parte dos seus quadros fiscais sob processo administrativo e judicial é evidente que está severamente minada num setor chave, já que com auditores sub judice é difícil fazer com que a receita cresça e não perca a corrida para a despesa. A evolução é tão pequena nos números que chega a desanimar. Acrescentese a isso o conflito entre fiscais e a pasta fazendária e ter-seá a cereja do bolo.