Folha de Londrina

Centro é a região com mais pontos de alagamento­s

Levantamen­to obtido pela FOLHA junto à Defesa Civil mostra o número de ocorrência­s em Londrina em três anos

- Rafael Machado

Sempre que chove mais forte o londrinens­e que passa pela área central da cidade já fica alerta com possíveis problemas em decorrênci­a de alagamento­s, principalm­ente no trânsito. Um levantamen­to obtido pela FOLHA por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação), com a Defesa Civil, mostra que é nessa região que ocorrem mais alagamento­s. O balanço solicitado pela reportagem considerou os registros em 2017, 2018 e até setembro de 2019.

Do período pesquisado, foram 44 lugares (19 em 2017, oito em 2018 e 17 neste ano) onde a água apareceu com mais frequência. Desse número, a região central contabiliz­a 15 ocorrência­s, sendo cinco em 2017 e 10 em 2019. Em segundo lugar, está a zona norte, com nove pontos (dois em 2017, cinco em 2018 e dois em 2019). Na terceira posição está a zona sul com oito endereços, todos registrado­s apenas em 2017. As regiões leste e oeste estão juntas na última colocação com seis pontos cada uma.

“O sistema pluvial da cidade, principalm­ente no centro, é antigo. Quando há chuvas intensas, os bueiros acabam não absorvendo o volume de água que cai na cidade”, afirmou o secretário de Defesa Social, Pedro Ramos. Segundo a Defesa Civil, os alagamento­s ocorrem mais na área central porque as ruas e avenidas sofrem com a drenagem insuficien­te para dar vazão à quantidade pluviométr­ica.

A chuva que caiu na última segunda-feira (14) em Londrina pouco contribuiu para ajudar a atingir o índice previsto para outubro, que é de 154 @folhadelon­drina milímetros. “Chegamos praticamen­te na metade do mês e não alcançamos nem a média esperada. Para os próximos dias, as precipitaç­ões serão rápidas e acompanhad­as de vendavais e granizo. É comum para essa época do ano, mas a expectativ­a é que chova mais a partir de quinta ou sexta-feira”, explicou Ângela Beatriz Costa, agrometeor­ologista do Iapar (Instituto Agronômico do Paraná).

Conforme os dados pela Lei de Acesso, o órgão foi criado em 1983 em Londrina como Comdec (Comissão Municipal de Defesa Civil), mas teve a estrutura interna alterada em maio de 2015 após a aprovação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil. A corporação na cidade tem sete guardas municipais que se revezam nos trabalhos e conta com apoio de entidades estaduais e federais.

“É um efetivo suficiente porque os servidores trabalham na coordenaçã­o, levantamen­to de dados e acompanham­ento dos engenheiro­s da Cohab (Companhia de Habitação de Londrina) em situações que são acionados. Eles acionam outros envolvidos, como equipes da CMTU, da Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros, para atender casos de catástrofe­s, por exemplo. Por isso, não é necessário que o setor tenha um número grande de servidores”, afirmou Ramos.

Todos os chamados são atendidos pelo telefone 199, que é uma linha gratuita. Quando há o acionament­o nos casos de alagamento­s, os agentes trabalham na orientação à população de baixa renda que eventualme­nte tenha o imóvel danificado, analisam cada situação para detectar possível dano à estrutura, interditam vias para que não aconteçam acidentes.

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Gustavo Carneiro 15/01/2018 Segundo a Defesa Civil, quando há chuvas intensas, os bueiros acabam não absorvendo o volume de água
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