Bolsonaro tentou comprar deputados, diz líder do partido
Brasília - O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), afirmou nessa sexta-feira (18) que o presidente Jair Bolsonaro tentou comprar deputados para assinarem lista favorável à colocação de seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como novo líder da bancada.
“A questão [que eu estava falando] da implosão era o áudio que foi divulgado do presidente tentando comprar parlamentares ao oferecer cargos e o controle partidário para aqueles parlamentares que votassem no filho do presidente”, afirmou nesta tarde ao deixar reunião do partido em Brasília.
Questionado depois pela Folha sobre se haveria margem para um processo contra o presidente, afirmou que isso “cabe à sociedade e aos partidos decidirem”, mas que o PSL não tomará atitude nesse sentido.
BARROS PUNIDO
Incluído na lista dos cinco deputados federais que tiveram as atividades partidárias suspensas pela cúpula do PSL, o londrinense Filipe Barros disse em sua conta no Twitter que a decisão é “uma manobra ilegal e arbitrária para nos retirar da lista”, em uma menção à lista dos deputados bolsonaristas que defendem a troca do Delegado Waldir (PSLGO) por Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como líder da legenda na Câmara.
“A atual liderança só está ainda de pé graças a coações, ameaças e represálias”, escreveu Barros, que bateu boca com Waldir nas redes sociais.
De acordo com Coronel Tadeu (PSL-SP), aliado do líder do partido na Câmara, com a suspensão a assinatura dos cinco parlamentares em listas para indicar um líder na Casa não será válida. O movimento visa a enfraquecer as chances de Eduardo Bolsonaro ser colocado na função. “Esse é o efeito imediato. Se eles tentarem montar uma lista, perderam cinco votos”, afirmou Tadeu. O PSL aumentou de 101 para 153 o número de filiados com direito a voto em reuniões nacionais - os chamados convencionais.