Rodovias do estado são apontadas como maior problema de infraestrutura
Cinquenta e cinco por centro dos industriais afirmaram que as rodovias do Paraná são o principal problema de infraestrutura no estado. “As rodovias são ruins comparadas com outros estados. Existem vários trechos a serem melhorados”, aponta Marcelo Alves.
O economista ressalta que 43% dos pesquisados apontaram que o custo alto da energia também prejudica o desenvolvimento do setor industrial. “O Paraná é produtor de energia elétrica limpa e deveria ter um resultado melhor, porque temos abundância de energia. O empresário localizado em fim de linha (de transmissão) também enfrenta queda constante de energia. São problemas que precisam ser resolvidos”, aponta Alves.
Questionado sobre os impactos que o aumento da tarifa de importação do alumínio e aço do Brasil imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump, Alves afirma que qualquer aumento nos custos dos insumos tem impacto no mercado e alteração na estrutura, encarecendo o produto no mercado externo. “Mas a pesquisa aponta que só uma pequena parte acessa o mercado externo para exportação”, destaca. O estudo apontou que apenas 27% das empresas exportaram seus produtos em 2019.
Os entrevistados demonstraram alto grau de insatisfação com relação aos pedágios do Paraná, à estrutura tributária e aos incentivos fiscais, fatores que impedem o desenvolvimento e a competitividade das indústrias do estado dentro e fora do país. “A questão dos pedágios aparece forte para 98% dos empresários. É quase uma unanimidade. Ele é caro tanto para pessoas físicas como para as empresas. Isso encarece o custo logístico e reduz competitividade. É um entrave que precisa ser resolvido”, destaca.
A segurança pública foi outro ponto de atenção. É um problema sério apontado por 63% dos respondentes. Em contrapartida, 63% declararam estarem satisfeitos com seus fornecedores locais, e, 49% avaliaram de forma positiva a oferta de mão-de-obra especializada no Paraná.
INVESTIMENTO A principal fonte de financiamento do investimento para 2020 será o uso de recursos próprios, com 75% dos empresários ouvidos manifestando esse desejo, enquanto 38% pretende usar bancos de fomento/desenvolvimento, 36% irá recorrer a bancos tradicionais, 25% devem utilizar recursos obtidos junto a cooperativas de crédito, 7% devem utilizar recursos de fundos de investimento e 2% pretende obter recursos de fintechs.