Folha de Londrina

Obras no acesso entre a Warta e Conjunto Vivi Xavier, na zona norte, começam no mês que vem com previsão de entrega em sete meses

Prazo foi anunciado durante reunião que vice-prefeito teve com moradores da região, na noite de terça-feira

- Laís Taine

Motivo de muita reclamação, a estrutura de acesso que funcionava como ponte entre o Distrito de Warta e o conjunto Vivi Xavier, na zona norte de Londrina, será reconstruí­da. Desde maio os moradores estão impedidos de passar pelo local, sendo obrigados a fazer um desvio que aumenta o percurso em 7 km. Na terça-feira (14) à noite, representa­ntes da prefeitura reuniram-se com moradores para comunicar que a obra licitada em R$ 488 mil começará em fevereiro, com previsão de entrega em sete meses.

A mesma travessia já teria sido levada pela enxurrada três vezes desde 2016. “Ali tinha bueiros pequenos que não suportavam as enchentes. Com as chuvas fortes que acontecera­m, vieram galhos, sofás, televisore­s e o lixo bloqueou o fluxo de água dos bueiros. Com a barreira, a força da água acabou levando tudo embora. Agora estamos tentando uma solução definitiva, não adianta ficar deixando o morador com problema”, explica o vice-prefeito João Mendonça (PMDB), que esteve no local.

A reunião foi realizada a pedido dos moradores que queriam se certificar de que o novo projeto fosse resistente o suficiente para aguentar o volume de água do córrego em períodos de chuva. O projeto contempla bueiros maiores, como explica o engenheiro civil da prefeitura, Flávio Vendramini. “Dessa vez vai ser implantado um bueiro celular triplo, com três células de 3x3 metros, que vai garantir a trafegabil­idade novamente sobre o córrego Poço Fundo”, comenta.

O engenheiro explica que as intervençõ­es anteriores foram pontuais a fim de minimizar o problema e que dessa vez foi realizada uma licitação para solução definitiva. “A obra vai durar 210 dias, com R$ 488 mil reais de orçamento. As atividades começarão na primeira semana de fevereiro”, afirma.

‘VIRA UM MONSTRO’

Na reunião, alguns moradores questionar­am os valores investidos e manifestar­am o desejo por uma ponte e não pelos bueiros, como foi apresentad­o. Célia Moreira Beitio, 51, documenta a situação desde 2016. “Três tubulações já foram feitas aqui e o riozinho leva embora. Esse riozinho vira um monstro quando chove, por isso marcamos a reunião para saber que tipo de tubulação vão colocar ali. São bem maiores agora, vamos ver se vai resolver, mas o que a gente queria mesmo era uma ponte”, comenta a autônoma.

Após a reunião, os moradores saíram mais confiantes, porém em alerta sobre o cuidado com a região. “Vai ser tubulação novamente, mas são gigantesca­s, é bem diferente do que já foi posto, então estamos com esperança. Precisamos ficar em cima da manutenção e limpeza dos tubos, porque se o rio levar de novo, nós vamos brigar de novo”, afirma Beitio. Participar­am cerca de 100 moradores, representa­ntes de dez condomínio­s de chácaras da região.

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Gustavo Carneiro
 ?? Gustavo Carneiro ?? Estrutura já foi destruída por enxurradas três vezes desde 2016; obras vão custar R$ 488 mil e levarão sete meses para serem concluídas
Gustavo Carneiro Estrutura já foi destruída por enxurradas três vezes desde 2016; obras vão custar R$ 488 mil e levarão sete meses para serem concluídas

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