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O Fórum Econômico Mundial de 2020 começa na próxima terça-feira (21) e está centrado num tema importante para todos os países: a sustentabilidade.
Se anos atrás algumas lideranças mundiais torciam o nariz para o tema, agora o interesse pelas mudanças do clima parecem atrair a atenção dos países prejudicados por grandes desastres, como os incêndios florestais e a contaminação das águas.
Para eleger os temas do Fórum, tradicionalmente chamado de Davos porque acontece nesta cidade da Suíça, foi produzido o Relatório de Riscos Globais 2020, divulgado nesta quarta-feira (15). O documento foi elaborado a partir de um levantamento feito por 750 especialistas de todo mundo. Pela primeira vez, em dez anos da existência deste Relatório, foi constatado como ponto de atenção urgente as mudanças do clima e a necessidade da criação de políticas de crescimento econômico sustentável.
Os especialistas apontam que as graves ameaças do clima estão no topo da lista dos riscos para o crescimento dos países. Segundo o documento, isso gera tensões sociais e políticas, impactos econômicos negativos e, o pior, a perda de vidas. O presidente do Fórum, Borge Brende, declarou que “trata-se de um conjunto complexo de riscos para o mundo.”
O clima não apareceu entre os temas principais do Fórum em 2019, mas os últimos acontecimentos, como ondas de calor extremo, enchentes e grandes incêndios florestais na Amazônia e na Austrália devem ter precipitado a pauta este ano. Dentre os temas de discussão constam: “Economias mais Justas”; “Futuros Saudáveis” e “Tecnologia para o Bem.”
O ministro da Economia Paulo Guedes deverá representar o País no evento, mas nenhum representante do setor do meio ambiente estará presente no Fórum justamente num momento em que o tema merece toda atenção. Mas cientista brasileiro Carlos Nobre, uma das principais vozes em defesa do meio ambiente no Brasil, vai participar. A sueca Greta Thunberg também foi convidada para uma discussão que deverá traçar um caminho mais sustentável para o planeta, outros nove adolescentes estarão presentes, afinal são eles os herdeiros do futuro.
O Ártico, os oceanos, as água e a energia estarão em pauta. A ideia é criar uma mobilização de recursos em nível mundial para enfrentar os riscos climáticos e “garantir medidas para proteger biodiversidade que cheguem às florestas e oceanos”, segundo o relatório. Ao apresentar as pautas, o fundador do Fórum, Klaus Schawb, alertou que o planeta vive desafios urgentes, afirmando que “o mundo está num estado de emergência e a janela para agir está se fechando rapidamente.” A mensagem final é que empresas, governos e sociedade civil não podem deixar os sistemas chegarem à desintegração e que cada um deve assumir suas responsabilidades unindo forças.
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