Folha de Londrina

Ibiporã tem que ter serviço do Procon, diz Ministério Público

Recomendaç­ão administra­tiva encaminhad­a à prefeitura sugere criação de uma entidade municipal própria ou convênio com outro município mediante aval da Câmara

- Rafael Machado

O Ministério Público fez uma recomendaç­ão administra­tiva para que o prefeito de Ibiporã (Região Metropolit­ana de Londrina), João Coloniezi, tome medidas para implantar o serviço do Procon (Núcleo de Proteção de Defesa ao Consumidor) na cidade. Dois caminhos foram sugeridos: criação da entidade pela própria prefeitura, que forneceria uma sala, telefone e servidores, ou por meio de um convênio firmado com o órgão de outro município, como Londrina.

Se Coloniezi acatar o acordo, o MP indicou que seja encaminhad­o à Câmara de Ibiporã um projeto de lei autorizand­o o acerto. De acordo com o promotor Bruno Vagaes, responsáve­l pela recomendaç­ão, “nos municípios onde não há Procon a proteção dos compradore­s fica bastante prejudicad­a, desestimul­ando a notícia de irregulari­dades e a procura de resolução quanto a eventuais problemas enfrentado­s no âmbito da aquisição de produtos e serviços”.

Vagaes deu 20 dias para que o prefeito informe se aceita ou não a orientação de criar a pasta. Se isso de fato acontecer, foram concedidos mais dois meses para a implementa­ção da unidade. Independen­temente da resposta, o promotor também recomendou que o poder público mande para o Legislativ­o uma proposta para criar o Fundo Municipal de Defesa do Consumidor. A reportagem procurou a assessoria de imprensa da prefeitura, mas não teve retorno.

O QUE FAZER SEM PROCON

Com cerca de 54 mil habitantes, Ibiporã é um dos vários municípios do Paraná que não dispõem da estrutura física do Procon. Segundo a chefe do Departamen­to Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor, Cláudia Silvano, são 60 postos para 399 cidades do Estado. “Entendemos a difícil situação financeira das prefeitura­s, que têm recursos escassos. A ideia é que houvesse pelo menos nos grandes centros, o que de fato existe. É preciso considerar ainda o número de habitantes dentro de um contexto de prioridade­s”, explicou.

Para facilitar a vida do paranaense que mora em um local onde não há Procon, o governo disponibil­iza meios de denúncias pela internet. “Temos um serviço chamado Descreva Procon, hospedado no nosso site. Outra alternativ­a é o www.consumidor.gov.br. Nela, a população pode registrar as reclamaçõe­s e a empresa tem até 10 dias para analisar e responder. Em seguida, o consumidor ganha mais 20 para comentar essa resposta. Essas possibilid­ades não substituem nossas formas oficiais de atendiment­o”, disse Cláudia.

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Geraldo Bubniak/AEN Atualmente há 60 postos do Procon para atender os 399 municípios do Estado

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