MG ganha primeiro Patrimônio Agrícola Mundial do Brasil
O tradicional sistema agrícola dos apanhadores de sempre-vivas da Serra do Espinhaço (MG) recebeu o reconhecimento internacional denominado SIPAM (Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial). O reconhecimento é da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). O anúncio de reconhecimento do primeiro Patrimônio Agrícola Mundial brasileiro pela FAO ocorreu na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com a presença da primeira-dama Michelle Bolsonaro, juntamente com a ministra Tereza Cristina e o representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala. Essa certificação reconhece patrimônios agrícolas desenvolvidos por povos e comunidades tradicionais em diversas partes do mundo. A candidatura do projeto brasileiro foi encabeçada pelo Ministério da Agricultura, que coordenou, por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo, o encaminhamento do dossiê e do Plano de Conservação Dinâmica do Sistema, em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores e a FAO, para que o Sistema de Agricultura Tradicional da Serra do Espinhaço concorresse ao título de Patrimônio Agrícola Mundial, o primeiro dessa categoria conquistado pelo Brasil.
Com o reconhecimento das comunidades apanhadores de flores, o sistema de Minas Gerais passará a ser o quarto SIPAM da América Latina e o 59º patrimônio agrícola, envolvendo 22 países. Os outros três latino-americanos são o corredor Cuzco-puno (Peru); o arquipélago de Chiloé (Chile) e o sistema de Chinampa no México. São sistemas ricos em biodiversidade agrícola e vida selvagem e importantes fontes de conhecimento indígena e culturas ancestrais.