Carreata da Covid-19
Confesso ter dúvidas se a luta é entre indivíduos e o vírus Sars Covi-2 (coronavírus) ou foi declarada uma guerra fria civil no Brasil. Onde as pessoas estão lutando ideológica e ignorantemente entre si, enquanto o vírus domina aos poucos tudo e todos.
Neste passo e compasso, há outra realidade, esta sem qualquer imprecisão. O Brasil não esta preparado para enfrentar graves ameaças ou tragédias naturais. Isso porque temos a sorte de estarmos localizados em território abençoado, até aqui, sem incidentes de terremotos graves, furacões, adversidades de vulcões, atentados repentinos de grupos terroristas. Até ontem, grandes desastres e desgraças naturais ou terroristas acompanhávamos com tristezas, mas calmos por ser longe. Parece que tudo mudou.
Pois bem. Com a chegada da nova gripe, escancarou nosso déficit em políticas na administração pública e falhas humanas. Dentre vários erros e acertos, recente e repentinamente, o “segundo prefeito de Curitiba”, Ratinho Junior, com base técnica (não apresentada, somente ventilada) decretou medidas enérgicas para manter a população em situação de lockdown.
Atos mandamentais diferentes e desiguais entre as regiões do Paraná, de acordo com a intuição dos administradores estaduais. Londrina foi classificada em situação grave e por isso chancelada no maior rigor possível.
Sem entrar no mérito se é ou não verídica a informação do governo curitibano que estamos sem controle na regional londrinense, é importante destacar que a decisão foi unilateral e hierarquicamente desproporcional. O que deve prevalecer é o interesse local.
Uma crise com tamanha gravidade e sem data para acabar não pode sofrer com impactos com viés de desespero do político. Toda a população precisa ser ouvida. Mesmo sabendo dos riscos e a quantidade de mortes, para bem ou mal (somente o futuro dirá), Londrina decidiu enfrentar o vírus, e continuar trabalhando.
Mesmo que não seja aconselhado ou ato contrário ao feito em outros locais de mundo, a vontade da população, no Estado Democrático de Direito, onde o poder emana do povo, precisa ser respeitado e atribuído pelos governantes.
Toda prosa acima, para refletir o que segue: Londrinenses revoltados com o decreto estadual organizam uma carreata para mostrar rejeição ao desejo de lockdown. Entretanto, ao decidir por esse lado, podemos tomar a decisão errada.
Aglomerações neste momento são positivas para o vírus deitar e rolar nas infecções. Frisa-se, nosso inimigo é o decreto, porque o vírus, ainda não há armas para vencê-lo. Apenas um isolamento total de 14 dias seria capaz, mas como já sabemos, é impossível sermos uníssonos. Portanto, para metade e outra não apenas piora a tensão humanitária.
Uma saída para mostrar ao prefeito 02 de Curitiba que Londrina não concorda são os abaixo assinados virtuais, ato que deve ter a liderança de entidade prejudicada. Nos mesmos moldes do sucesso que foi o abaixo-assinado do candidato João Amoedo (Novo) em 2018, quando não teve oportunidade de ir em debates.
O Abaixo assinado virtual tem segurança sanitária e efeitos práticos, inclusive jurídicos, que melhor atende o desejo de todos.
Aglomerações neste momento são positivas para o vírus deitar e rolar nas infecções