A essência da democracia
Numa sala de oração, anexa a um centro de eventos, políticos se reuniriam e se revezariam na formulação de suas promessas, buscando um novo rumo ao país e, logo após, assistiriam à uma palestra.
O palestrante, pensando sobre o que dizer aos dirigentes políticos, lembrou-se de uma frase do filósofo contemporâneo alemão Jurgen Habermas: “A democracia exige de seus cidadãos qualidades que ela não pode oferecer. Os políticos podem evocar uma visão elevada de uma sociedade próspera, sadia e livre, mas nenhum governo pode suprir as qualidades de honestidade, compaixão e responsabilidade pessoal que a devem fundamentar”.
Felizmente, existem políticos (ainda que poucos) que ainda reconhecem que a fé exerce um papel primordial na saúde da sociedade. Pessoas de fé sustentam uma espécie de visão diferente.
A visão de que este planeta é de Deus, não nosso, e, quando o machucamos de modo irreparável, Deus chora. A visão de que a dignidade de uma pessoa é determinada não pelas aparências ou salários, ou passado étnico, ou mesmo pelo status de cada cidadão, mas, sim, por uma dádiva sagrada, inviolável, de Deus.
A visão de que a compaixão e justiça não são valores arbitrários de acordos de políticos e sociólogos, mas ordens sagradas do Único que nos criou como uma espécie.
Há que se admitir, de bom grado, que nós, cristãos, nem sempre vivemos de acordo com essa visão. Enfrentamos dificuldades para manter um compromisso com este e o outro mundo, com esta e a outra vida. Não podemos esquecer que a Bíblia tem muito mais a dizer sobre o proceder aqui, em nossa jornada, do que sobre o nosso destino.
O mundo precisa de gente dedicada aos seres humanos, tanto quanto dedicada a Deus, e tão compromissada com esta vida quanto com a vida futura, tanto com esta cidade quanto com a cidade eterna.
Afinal, como diz Jurgem Habermas, uma democracia de gente livre deve procurar em outras partes, e não só nos governantes, as qualidades de que seus cidadãos precisam. Simples assim! Adaptação: Sinais da Graça, Philip Yanceyr