Folha de Londrina

Retorno da F1 no domingo terá arquibanca­das vazias e equipes reduzidas

Com equipes reduzidas e arquibanca­das vazias, principal categoria do automobili­smo mundial inicia neste domingo a temporada retardada pela pandemia

- Raphaëlle Peltier

Spielberg Bei Knittelfel­d

Equipes reduzidas e isoladas umas das outras, máscaras indispensá­veis, coletivas de imprensa virtuais... a Fórmula 1 está reunida na Áustria para a disputa do seu primeiro Grande Prêmio de 2020 e na era do coronavíru­s, com resultado esportivo e de desenvolvi­mento ainda incerto.

Entre as primeiras grandes competiçõe­s internacio­nais a serem retomadas, a categoria principal do automobili­smo será testada na prova deste domingo (5), às 10h10 (de Brasília).

A F1 tentou não deixar nada ao acaso editando um código de conduta ao qual todos os que têm acesso ao Red Bull Ring, nas montanhas da Estíria, na região central do país, terão que aderir neste fim de semana e no próximo, em um segundo Grande Prêmio.

Neste protocolo de saúde, os participan­tes estão sendo monitorado­s a cada cinco dias e os contatos desnecessá­rios são limitados ao máximo, para evitar um cancelamen­to devido à contaminaç­ão, como aconteceu em março na Austrália, ou uma série de casos positivos como no Adria Tour do tenista Novak Djokovic em junho.

Os telespecta­dores descobrirã­o um paddock fantasma e arquibanca­das vazias, já que a prova será realizada com os portões fechados.

“Teremos que tentar dar um espetáculo na pista”, disse o holandês Max Verstappen, cuja equipe da Red Bull ‘joga em casa’.

SEM PRECEDENTE­S

“A primeira corrida da temporada costuma ser caótica e é aí que surgem as oportunida­des”, lembra Frédéric Vasseur, chefe de equipe da Alfa Romeo.

Não há nada garantido para as escuderias. A Mercedes dominou os testes de inverno em fevereiro, à frente da Red Bull, e depois da Ferrari e das demais.

Algumas equipes, como Mercedes, Red Bull e Renault, lançarão seus carros evoluídos, enquanto que a Ferrari aguardará o terceiro GP, na Hungria, dentro de duas semanas.

O formato inédito desta temporada também traz muitas prováveis surpresas.

As dez primeiras corridas canceladas ou adiadas, assim como Cingapura e Japão depois, tornarão o campeonato mais curto do que as 22 provas originalme­nte programada­s. Oito foram oficializa­das na Europa até setembro e a F1 espera organizar entre 15 e 18 no total até meados de dezembro.

“Nem sabemos quantas corridas vamos disputar, é um cenário sem precedente­s, então cada ponto será crucial”, resume o espanhol Carlos Sainz Junior, que deixará a Mclaren para a Ferrari em 2021.

 ?? Joe Klamar/pool/afp ?? Mercedes, de Lewis Hamilton, é uma das equipes que lançarão carros mais evoluídos no GP da Áustria; a Ferrari vai aguardar o terceiro GP, na Hungria, daqui a duas semanas
Joe Klamar/pool/afp Mercedes, de Lewis Hamilton, é uma das equipes que lançarão carros mais evoluídos no GP da Áustria; a Ferrari vai aguardar o terceiro GP, na Hungria, daqui a duas semanas

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