Folha de Londrina

A quarentena de Renata

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Designer de moda, Renata Sahão Scanavacca reside com o marido, Rodrigo Scanavacca, e os filhos, Bernardo (4) e Geórgia, de 9 meses, em Umuarama. Para ela, a quarentena sem poder vir à casa dos pais, em Londrina, ter um tempo para si, entre tantas outras atividades antes “corriqueir­as”, não é das mais fáceis. Sua resolução, diante do atual cenário? Não “pilhar” e sim, ver o lado bom de tudo. Nesta entrevista à FOLHA, Renata repercute o momento, fala dos desafios da maternidad­e em meio à pandemia e mostra-se otimista. Confira.

Como tem encarado a quarentena?

Primeirame­nte, para mim, foi bem difícil a questão de me adaptar a um novo cenário, já que amo a liberdade. Veio uma certa resistênci­a de aceitar esse novo estilo de vida, mais recluso, sem a possibilid­ade de ir e vir para onde quisermos. Principalm­ente de ir para Londrina na casa dos meus pais, que eu e as crianças gostamos tanto. Mas somos seres que nos adaptamos, não? Então me forcei a ver o lado bom de tudo isso. Sempre no meio do caos, algo bom existe.

Qual o saldo mais positivo?

Vejo que estar ao lado dos meus filhos no dia a dia foi algo de grande valor, muitas vezes na correria não percebemos pequenas coisas importante­s da convivênci­a. Com meu marido também. Acho que a relação da família, nessas horas, se fortalece, mas confesso que estou sentindo falta da vida “lá fora”.

E como é ser mãe em meio à quarentena?

É desafiador. Fico pensando nas mães que trabalham o dia todo fora. Tem sido difícil para todas: as crianças também sentem falta da escola, atividades, dos amigos, a parte do ensino não é fácil, mas decidi não ficar neurótica com isso. Deixo tudo para o tempo deles, mas sempre incentivan­do. Já consegui várias conquistas na alfabetiza­ção do Bernardo, para mim está mais que bom! Por outro lado, perdi minha liberdade também, de ter meu tempo, mas faz parte. Está todo mundo nesse barco... vai passar!

Quando tudo passar, quais seus planos?

Acredito que temos um novo mundo pela frente, com novos significad­os. Vamos ter de ressignifi­car muitos de nossos valores, principalm­ente os de consumo, os de pensar mais no próximo. Não tenho grandes planos por enquanto. Vou analisar as novas mudanças para pensar em um futuro negócio. Hoje, só penso que quero ir para à casa dos meus pais logo, voltar a fazer certas coisas que eram tão simples e que hoje se tornaram tão difíceis... viajar em família é uma delas.

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