‘Ninguém foi obrigado’, diz Hamilton sobre pilotos que não protestaram
Depois de dias de muita discussão nos bastidores sobre como os pilotos se comportariam no grid da primeira corrida do ano, na Áustria, devido aos atos planejados pela categoria para demonstrar apoio à promoção da diversidade e ao fim do racismo, chamou a atenção a divisão dos pilotos: embora todos estivessem usando a camiseta com uma mensagem antirracista, 6 dos 20 pilotos do grid decidiram não ajoelhar-se.
Max Verstappen, Antonio Giovinazzi, Carlos Sainz, Charles
Leclerc, Kimi Raikkonen e Daniil Kvyat foram os pilotos que não repetiram o gesto, que ficou notabilizado pelo quarterback Colin Kaepernick, que iniciou atos contra o racismo em 2016 na NFL.
Grande catalisador do engajamento da F-1 na luta contra o racismo, Lewis Hamilton, que foi o primeiro negro a disputar uma corrida da categoria, preferiu agradecer pelos outros 13 pilotos que se ajoelharam ao lado dele. E deixou claro que o pedido veio da própria F-1, e não dele
“Cada um tem direito a ter sua opinião, e tenho consciência da opinião de alguns dos pilotos, mas não gostaria de dividir isso. No final das contas, ninguém foi obrigado a fazer nada. Nunca pedi para ninguém se ajoelhar. Foi algo que veio da F-1 e da GPDA [associação dos pilotos]”, disse.
Chefe de um dos pilotos que decidiram não se ajoelhar, Max Verstappen, Christian Horner seguiu na mesma linha. “Foi uma escolha individual. Os pilotos apoiaram totalmente a iniciativa, mas escolheram se expressar de maneiras diferentes. Nós na Red Bull não demos qualquer instrução e deixamos que eles escolhessem.” O GP da Áustria foi vencido por Valtteri Bottas, da Mercedes.