Folha de Londrina

Pastor Milton Ribeiro é nomeado para comandar o Ministério da Educação

Integrante da Igreja Presbiteri­ana, Milton Ribeiro é ex-vice-reitor do Mackenzie, em São Paulo

- Paulo Saldaña, Ricardo Della Coletta e Gustavo Uribe

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou o pastor e professor universitá­rio Milton Ribeiro para comandar o MEC (Ministério da Educação). O anúncio foi feito em uma rede social. Em seguida, a decisão foi publicada no Diário Oficial da União, em edição extra.

Ribeiro é ex-vice-reitor do Mackenzie, em São Paulo. Ele também é pastor da Igreja Presbiteri­ana de Santos, litoral de São Paulo. “Indiquei o professor Milton Ribeiro para ser o titular do Ministério da Educação. Doutor em educação pela USP [Universida­de de São Paulo] e mestre em direito pela Universida­de Presbiteri­ana Mackenzie e graduado em direito e teologia”, escreveu o presidente. “Desde maio de 2019, e membro da Comissão de Ética da Presidênci­a da República.”

Doutor em educação pela USP (Universida­de de São Paulo), Ribeiro teve seu nome levado ao presidente, de acordo com fontes envolvidas no processo, pelo ministro Jorge Oliveira (Secretaria-geral). Também contou com entusiasmo do ministro da Justiça, André Mendonça.

Ribeiro era o nome de São Paulo citado por Bolsonaro como possível ministro. O presidente sondou evangélico­s, incluindo Ribeiro, após pressão do grupo sobre o cargo. O movimento gerou o enfraqueci­mento do convite feito ao secretário de Educação do Paraná, Renato Feder.

O pastor conta com a simpatia de parlamenta­res evangélico­s de São Paulo, que haviam manifestad­o o apoio ao nome do professor a Bolsonaro. Ribeiro surge para ocupar o vácuo deixado com a saída de Abraham Weintraub. O ex-ministro saiu do MEC em 18 de junho após fazer ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Depois da saída de Weintraub, Bolsonaro nomeou, mas não deu posse, a Carlos Alberto Decotelli. Ele pediu demissão após virem à tona falsidades em torno de seu currículo. Em seguida, entrou em campo o nome de Feder, que recusou o convite para assumir o MEC.

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