Folha de Londrina

As escolas brasileira­s e o ‘novo normal’

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Enquanto não apareça uma vacina comprovada­mente eficaz contra o novo coronavíru­s, qual será a realidade dos estudantes brasileiro­s quando retornarem às aulas presenciai­s?

Por enquanto não há data certa e algumas pessoas arriscam já no mês de agosto. No momento, a única certeza é que os índices de contaminaç­ão têm que parar de subir para se voltar a pensar em aulas presenciai­s.

O Brasil leva uma vantagem porque pode se inspirar nos países que já passaram por essa situação de colocar novamente os estudantes dentro das escolas. China, primeiro epicentro do coronavíru­s, criou protocolos, assim como outros países da Ásia e Europa.

Crianças, adolescent­es e jovens de máscaras, distantes um dos outros, sem recreio, aulas de educação física em quadras esportivas. Enfim, sem contato físico. É a nova realidade por lá e também deverá ser por aqui.

Certamente, será uma rotina com menos alunos em sala de aula, higienizaç­ão de carteiras, álcool em gel à disposição, portas e janelas abertas e, lógico, uma boa dose de ensino a distância. São vários critérios que precisam ser analisados em um processo que não pode ser implantado de uma hora para outra. As redes estaduais e municipais têm um agravante: a crise econômica da Covid-19 está levando para as escolas públicas um número grande de alunos que frequentav­am instituiçõ­es particular­es. Será preciso atender a um número maior de estudantes.

Os planos de retorno começaram a ser feitos por instituiçõ­es de ensino aqui do Brasil. A Secretaria de Educação

do Paraná começou o planejamen­to na última semana, como mostra reportagem deste fim de semana (11 e 12 de julho) da FOLHA.

É claro que é impossível pegar um modelo comum utilizado em uma escola da Ásia e implantar por aqui. Cada Estado, município e escola terá que encontrar a sua receita. Sem falar das fragilidad­es sociais impostas pela pandemia na área de educação, quando escolas particular­es saíram na frente no ensino remoto e nas escolas públicas que atendem alunos mais vulnerávei­s há muita dificuldad­e em transmitir o conteúdo de maneira remota.

A pergunta é: as escolas brasileira­s estão preparadas para o “novo normal” que entra após o período mais crítico da pandemia?

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