Folha de Londrina

Witzel diz que impeachmen­t é ação nacional para pulverizar oposição a Bolsonaro

- Ana Luiza Albuquerqu­e

Rio de Janeiro - Em defesa apresentad­a à Assembleia Legislativ­a do Rio no âmbito de seu processo de impeachmen­t, o governador afastado Wilson Witzel (PSC) sugeriu, em três passagens distintas, ser vítima de uma perseguiçã­o política por fazer oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O ex-juiz também se debruçou sobre argumentos jurídicos para afirmar que não há provas que embasem o processo e que os supostos atos ilícitos não foram delimitado­s nas denúncias que tiveram prosseguim­ento na Casa.

O documento, apresentad­o na noite de quarta-feira (2), pede que a Assembleia faça os devidos esclarecim­entos e conceda novo prazo para manifestaç­ão da defesa. O afastament­o de Witzel foi confirmado também na quartafeir­a pela corte especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

O ex-juiz foi denunciado pela PGR (Procurador­ia-Geral da República), que o acusa de ter chefiado um esquema de desvio de recursos públicos destinados ao combate à pandemia do novo coronavíru­s no estado do Rio.

No início do documento apresentad­o à Assembleia, a defesa afirma que existe um “intento político de afastar o governador democratic­amente eleito”, replicado em outros estados do país.

“Essa pretensão se insere dentro de um movimento mais amplo, e concertado, com vistas a remover, no âmbito de vários estados federados (AM, PA, SC), por meio de processos análogos de impeachmen­t, governos locais de oposição ao governo federal”, afirma.

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