Folha de Londrina

‘Tudo tem sua hora, a minha ainda não chegou’

-

A lotérica que fez o bolão e entregou o prêmio foi a Super Sorte, localizada no Super Muffato do centro de Cambé. O prêmio original de R$ 152 milhões foi dividido entre apostas de Fortaleza (CE), Conceição das Alagoas (MG), Belém (PA), Cotia (SP) e Cambé, com R$ 30,5 milhões. Em Cambé, os R$ 30,5 milhões foram divididos em 38 cotas, com R$ 804 mil para cada apostador.

“Nós estamos aqui há quase 11 anos e a gente já pagou vários prêmios, um de R$ 540 mil da Lotofácil, R$ 1 milhão também no bolão da Lotofácil, quina da Mega-Sena várias vezes, mas esse da Quina de São João foi o maior”, conta Luiz Eduardo de Lima Dias, proprietár­io da lotérica. Ele afirma que o estabeleci­mento paga em torno de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil em prêmio diariament­e.

Durante o tempo à frente da lotérica, presenciou várias histórias de ganhadores, como a de um catador de papel, que foi conferir o resultado no estabeleci­mento e descobriu o prêmio de R$ 75 mil. “Ele ficou nervoso, não passou muito bem, eu peguei o bilhete dele, preenchi, mandei ele para casa e orientei a ir na agência da Caixa no dia seguinte. Depois, ele voltou e deu dinheiro para as meninas que o atenderam”, recorda.

Com cada história, aprende um pouco sobre a vida. Nesse caso, sabe bem qual é a mensagem. “Ele disse que recebia R$ 700 como catador e com o dinheiro iria comprar os remédios e comer carne todo dia. A gente pode achar R$ 70 mil pouco para um prêmio, mas pode mudar totalmente a vida de outra pessoa”, argumenta.

Com os prêmios, a lotérica ganhou fama de trazer sorte e passou a ter clientes fiéis, inclusive de outros estados que compram por WhatsApp. O proprietár­io fala sobre uma relação bacana com os apostadore­s assíduos. “Quando saiu o prêmio da Quina, muitos amigos me ligaram. Teve cliente que deixou o jogo comigo, porque reservam para buscar depois. No fim, eu fiquei com uns cinco bilhetes premiados que as pessoas não tinham ido buscar ainda e fui eu que avisei que a pessoa tinha ganhado”, menciona.

Dias fala que as reações entre eles são diversas, mas sempre de alegria. Apesar de jogar, ele não estava entre os sortudos da vez, mas não lamenta ver tanta sorte passando por ele assim. “Tudo tem sua hora, a minha ainda não chegou. E a gente não tem ganância, se o cliente ganhar fica bom também, porque aí vem mais jogos para a lotérica”, observa. E aguarda o momento certo, quem sabe na próxima? “Na Lotofácil da Independên­cia também vou pagar prêmio!”, torce. (L.T.)

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil