Folha de Londrina

Europa reage a novas altas de casos de Covid

Governos determinam restrições como toque de recolher e estado de calamidade

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São Paulo e Lisboa, Portugal - Em meio à alta de casos de Covid-19, vários países da Europa vão paralisand­o aos poucos suas atividades, por meio de toques de recolher e decretação de estado de emergência.

Ainda faltam várias etapas até a adoção de fechamento­s completos, como no começo do ano, mas as proibições estão sendo retomadas em vários países, como França, Espanha e Portugal, que anunciaram medidas nesta quarta (14).

As decisões são motivadas pelos números: a Europa tem registrado uma média de 100 mil novos casos por dia, enquanto os Estados Unidos, país mais atingido pela doença, está na média de 50 mil diagnóstic­os diários. A população total da Europa soma um pouco mais do que o dobro da dos EUA.

Reino Unido e França estão registrand­o cerca de 20 mil novos casos diários cada um, acima do registrado em abril. Na Espanha, esse número anda perto dos 10 mil.

Já o número de mortes é muito menor do que no auge da crise sanitária, e está em torno de 100 a 200 por dia em cada país. Isso ocorre porque os médicos aprenderam a tratar melhor a doença, embora a alta no volume de internaçõe­s gere preocupaçã­o.

Nesta quarta (14), o presidente Emmanuel Macron foi à TV anunciar um toque de recolher em Paris, Marselha, Toulouse e mais seis grandes cidades francesas, a partir de sábado (17). A medida atingirá cerca de um terço dos 67 milhões de habitantes da França e valerá de 21h às 6h do dia seguinte.

A França também decretou estado de emergência sanitária, válido a partir de sábado (17), o que autoriza o governo a tomar medidas radicais para combater a pandemia, como determinar lockdowns, estabelece­r multas e forçar governos locais a adotar restrições.

Na Espanha, o governo da

Catalunha determinou o fechamento dos salões de todos os bares e restaurant­es, que poderão trabalhar apenas com entregas ou retiradas, durante ao menos 15 dias.

Em Portugal, o governo retomou o estado de calamidade, uma etapa abaixo do estado de emergência. Com isso, ficam proibidas reuniões com mais de cinco pessoas.

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Fred Tanneau/AFP Família francesa acompanha o presidente Macron anunciar medidas mais restritiva­s

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