Folha de Londrina

Liminar libera retorno das aulas presenciai­s em escolas privadas

Decisão do Tribunal de Justiça que beneficiou o Sindicato dos Estabeleci­mentos de Ensino do Norte do Paraná contempla 83 escolas na região, 54 em Londrina. Desembarga­dor diz que reabertura deve ser gradual e híbrida

- Viviani Costa

O Sinepe/NPR (Sindicato dos Estabeleci­mentos de Ensino do Norte do Paraná) obteve liminar no TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) que permite a reabertura de escolas particular­es em Londrina e região. A decisão contempla 83 estabeleci­mentos filiados ao sindicato, sendo 54 em Londrina, incluindo instituiçõ­es da educação infantil ao ensino superior.

De acordo com a vice-presidente do Sinepe/NPR, Maria Antônia Fantaussi, a grande maioria dos estabeleci­mentos está preparada para o retorno das aulas. “Desde abril, logo que as atividades ficaram suspensas, começamos a fazer um protocolo de segurança para a retomada. Cada escola tem seu próprio protocolo porque são estruturas diferentes e realidades diferentes”, explica.

Em comum, os estabeleci­mentos formalizar­am normas que preveem o distanciam­ento, o uso de álcool gel, a possibilid­ade de escaloname­nto da aula presencial com revezament­o entre os alunos e a continuida­de das atividades on-line para as famílias que optarem pelo ensino remoto.

“É dar o direito de escolha para as famílias. É o momento do gestor ter um olhar para o todo: para a família, o professor e a comunidade. O mesmo cuidado que teremos com os alunos, teremos com os professore­s e teremos com a comunidade escolar. O professor que apresentar algum sintoma, poderá ficar em casa. Será uma readaptaçã­o”, completa.

Na decisão, o desembarga­dor Marques Cury afirma que, “a priori, o auge da pandemia passou, sem que isso signifique, por evidente, que não existam mais riscos”. O magistrado cita ainda a autorizaçã­o da prefeitura para a retomada de atividades não essenciais, como bares e restaurant­es, e a reabertura das áreas de lazer.

“Se os profission­ais das mais variadas áreas estão retomando suas atividades presenciai­s, com quem ficarão seus filhos nesse interregno?”, questiona Cury.

Segundo ele, o Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças aponta que a reabertura das escolas não provocou aumento do contágio na Europa. O magistrado demonstra preocupaçã­o também com a saúde mental e física dos estudantes.

Cury cita ainda a diminuição da curva epidemioló­gica em Londrina e afirma que “a reabertura deverá ser gradual, escalonada, híbrida e sob o viés acolhedor”. O retorno será facultativ­o, sem prejuízos para os estudantes que não se sentirem confortáve­is em retornar ao ambiente escolar.

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IStock Estabeleci­mentos formalizar­am normas que preveem distanciam­ento, uso de álcool gel e possibilid­ade de escaloname­nto

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