Governador quer ampla concorrência nos pedágios
Enquanto o projeto de duplicação da PR-445 entre o distrito de Irerê e Mauá da Serra não fica pronto, a possível instalação de uma praça de pedágio no trecho vem gerando preocupação entre deputados da Frente Parlamentar do Pedágio. Na manhã desta quintafeira, Ratinho Junior disse que a previsão é de que o projeto de duplicação fique pronto ainda no primeiro semestre do ano que vem e que a licitação seja lançada logo em seguida.
Já quanto ao futuro do pedágio no Estado, a próxima etapa das discussões para a elaboração do modelo de licitação que será lançado ao fim dos atuais contratos com as concessionárias, marcado para novembro de 2021, será a de realização de audiências públicas entre o governo do estado, o Ministério da Infraestrutura e a sociedade. Porém, ainda sem datas marcadas.
Em Londrina, Ratinho reafirmou seu compromisso em derrubar a tarifa, “mas sem perder qualidade nas obras”. Para buscar a maior transparência, disse, quer realizar a licitação na B3, a Bolsa de Valores brasileira e possibilitar que empresas estrangeiras possam oferecer as melhores condições.
“Não só as brasileiras, mas as canadenses, os fundos árabes, as espanholas, que são muito fortes na infraestrutura, as americanas, enfim, quanto mais empresas participando, mais empresas você tem na briga tanto pelo volume de obras quanto por preços na tarifa”, avaliou.
No entanto, ainda existem demandas relacionadas aos atuais contratos. Recentemente, o governo foi cobrado pela oposição na Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) quanto à demora no envio de documentos pelas concessionárias à Agepar (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná). A agência vem realizando um “pente fino” nas tarifas, especialmente na cobrança da Taxa Interna de Retorno, que teria sido embutida no valor final mesmo sem a entrega do nivelamento de alguns trechos.
Sobre o tema, Ratinho lembrou que a CGE (Controladoria-Geral do Estado) também tem realizado este levantamento. Questionado pela FOLHA se concorda que o prazo de seis meses dado inicialmente já esgotou, o governador lembrou que esta lentidão no envio de informações pode ter ocorrido também por uma renovação legal na qual a Agepar passou.