Plano de contingência com unidade móvel
Foz do Iguaçu foi uma das cidades mais atingidas pela pandemia no Estado por ter a economia extremamente dependente do turismo, destacou Gilmar Piolla, secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos da Prefeitura do município. A reabertura da Ponte da Amizade abre uma perspectiva de retomada das atividades econômicas, ele completa. “Claro que temos preocupação com a questão sanitária, mas com cuidados, com responsabilidade, é possível conciliar as duas coisas.”
Com a reabertura da fronteira com o Paraguai, o município, junto com o governo do Estado, estabeleceu um plano de contingência com implantação de uma unidade móvel na Ponte da Amizade para triagem de pacientes, ampliação da testagem, criação de 70 novos leitos de UTI, aquisição de equipamentos, contratação de equipes médicas, entre outras medidas. A preocupação é com a demanda de paraguaios e brasiguaios que passarão a buscar atendimento na cidade.
Segundo Piolla, o Paraguai era o terceiro país de origem dos turistas de Foz do Iguaçu. O turismo de compras é um dos segmentos que mais movimentam a economia da fronteira. “Temos um movimento dos brasileiros da Ciudad Del Este que vêm comprar em supermercados, farmácias, açougues, fornecedores de frutas, verduras, tanto varejista quanto atacadista”, explica. De acordo com o secretário, Foz perdeu cerca de 7 mil empregos com a pandemia, cerca de 12% do total da sua força de trabalho. “Acredito que aos poucos o turismo volta, já está voltando, e a gente vai recuperando pouco a pouco aquilo que perdeu. Mas o impacto é grande na economia, vai levar tempo”, frisa.