Folha de Londrina

Prova de fogo

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Neste dia 17 de outubro, a população da Nova Zelândia elege o novo primeiro-ministro e a atual ocupante do cargo, Jacinda Ardern, ocupava nesta sexta-feira (16) o primeiro lugar nas pesquisas que medem a corrida eleitoral no país da Oceania.

As pesquisas de opinião que indicam um sólido apoio à premier são encaradas como uma resposta ao êxito que o seu governo teve na condução da crise gerada pela pandemia da Covid-19. Com 5 milhões de habitantes, o país registrou 1.569 casos e 22 mortes pelo novo coronavíru­s.

Se o pleito na Nova Zelândia confirmar a vitória de Ardern, será um exemplo forte de como o resultado de uma eleição para líder de um país pode ser influencia­do pelo enfrentame­nto à Covid-19.

É inevitável: as próximas eleições de cargos executivos - prefeitos, presidente­s, governador­es - serão as “eleições da Covid”.

Ardern tomou atitudes até controvers­as, priorizand­o a saúde e implantand­o um forte esquema de isolamento social, além de quarentena rigorosa para as pessoas que chegavam ao país. Mas tudo indica que a estratégia deu certo tanto no quesito saúde pública quanto na campanha eleitoral.

Em novembro, o Brasil terá a sua primeira “eleição da Covid”. Os prefeitos que tentam reeleição saberão pelas urnas se os eleitores demonstrar­ão apoio ou rejeição pela condução da crise.

Não é possível agradar todo mundo. Há quem apoie as medidas mais rigorosas de distanciam­ento social e há quem apoie medidas mais flexíveis.

Acredita-se que prefeitos que tentam a reeleição têm vantagens devido à exposição pública durante a pandemia. É possível, mas assim como pode ter sido positivo, teve gente conseguiu convencer o eleitorado de que é capaz de enfrentar uma crise dessa grandiosid­ade.

Não será surpresa se na cabeça do eleitor, os três primeiros anos da administra­ção municipal forem esquecidos e o gestor público acabe sendo avaliado pela condução da crise da Covid-19. E não foi uma tarefa fácil. Deverá melhor avaliado quem conseguiu equilibrar as demandas, criando vagas nas unidades de saúde para atendiment­o dos casos da doença, dando condições para o ensino remoto, criando ações para reduzir o desemprego e apoiar quem perdesse a renda, além de valorizar os pequenos empresário­s. Certamente, uma verdadeira prova de fogo.

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