O retrocesso da corrupção

O sr. presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, disse que acabou com a Lava Jato, pois “acabei com a corrupção no meu governo”. E outro dia, num dos seus rasgos de ironia e “fake news” asseverou que “daria uma voadora em quem se corrompesse em seu governo”. Mal acabou de falar já surgiu a notícia, extremamente escandalosa: “o vice-líder do governo, senador Chico Rodrigues, foi surpreendido pelo polícia federal com trinta mil reais na cueca, os quais eram destinados ao combate ao coronavírus. O senador foi afastado pelo ministro Luiz Roberto Barroso do STF, em razão da gravidade do fato. Os filhos do presidente são investigados pela polícia, inclusive por causa da tal “rachadinha”. A mulher do presidente teve que se explicar na polícia porque tinha oitenta e nove mil reais depositados em sua conta corrente em um banco pelo tal “Queiroz”, também investigado pela polícia. E o mito ia acabar com a corrupção , se elegeu por isso. Bem igual a história do PT, lembram? Já vimos tanto esse filme, onde um petista foi preso com dólares na cueca. Outro presidente, salvador da pátria, era o “caçador de marajás”; outro, era o “homem da vassoura”: “varre varre vassourinha”; outro, era o honesto igual a Jesus Cristo: e tantos “messias” surgiram no horizonte deste pobre e abandonado país que nem lembramos de todas as trapalhadas políticas ou dos políticos (ou poliqueiros). O Poder Judiciário e o Congresso Nacional precisam agir e terminar com esse tipo de procedimento, caso contrário o povo continuará com o sentimento de impotência. Estamos assistindo a um retrocesso muito grande no combate à corrupção que assola nosso país. Servio Borges da Silva (advogado) Londrina