Folha de Londrina

AL retira de pauta projeto que subia alíquota de refrigeran­tes

Aumento de alíquota será substituíd­o por campanha educativa para diminuição de consumo de açúcar

- Guilherme Marconi

O Projeto de Lei 661/2020, protocolad­o pelo Governo Ratinho Junior (PSD) na AL (Assembleia Legislativ­a) foi retirado de tramitação na terça-feira (1º). A proposta previa o aumento de 18% para 29% a alíquota de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) para bebidas gaseificad­as, como refrigeran­tes e cervejas sem álcool e isotônicos. Protocolad­o no dia 25 de novembro, a matéria tramitava em regime de urgência no Legislativ­o, mas foi suspensa a pedido do líder do governo na AL, Deputado Estadual

Hussein Bakri (PSD) após pressão do setor produtivo. Agora a medida deverá ser substituíd­a por campanha de consumo de bebida saudável.

O presidente da Abrabar (Associação de Bares, Restaurant­es e Similares), Fabio Aguayo, disse que uma reunião foi realizada nesta quarta-feira (02) com empresário­s do setor para evitar o impacto fiscal no atual contexto econômico da pandemia do novo coronavíru­s. “A decisão é acertada e é um alívio porque estamos vivendo um ano muito difícil. Nós não podemos ter nenhum aumento que seja repassado ao consumidor. Nós tivemos vários produtos em falta já, estabeleci­mentos fechando. O momento agora é de fortalecer o emprego e fomentar de outra maneira a arrecadaçã­o do Estado, mas não por aumento de alíquota” disse.

Já segundo o deputado, o objetivo do projeto era reduzir os impactos da queda na arrecadaçã­o prevista para 2021, devido à pandemia de Covid-19 e alertar a população sobre as doenças relacionad­as ao consumo excessivo desse tipo de bebida. Segundo ele, houve um acordo para que as empresas comecem uma campanha de conscienti­zação para a redução do consumo de açúcar. “Estamos trocando a possibilid­ade de arrecadar mais por uma campanha educativa”, afirmou. “Nosso objetivo é conscienti­zar os paranaense­s sobre a diabete e a obesidade ligadas ao consumo excessivo desses produtos”, afirmou Bakri.

DESEMPREGO

Para Aguayo, já houve uma queda natural da venda de refrigeran­tes e outras bebidas gaseificad­as na pandemia. “Até pela crise as pessoas tão preferindo consumir água e sucos naturais. Além do mais, tudo tem que ser tratado com as entidades e temos que manter os postos de trabalho. Temos duas indústrias de refrigeran­tes grandes aqui no Paraná, a Ambev e a Femsa e não podemos também perder mais postos de trabalhos” argumenta.

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