Folha de Londrina

Redução mais do que necessária

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O preço das tarifas de pedágio no Anel de Integração do Paraná é alvo de críticas por ser considerad­o um dos maiores do País. Para circular por muitos trechos de pistas simples, os motoristas que cruzam do território do estado são obrigados a desembolsa­r valores bem maiores do que quando circulam em São Paulo e Santa Catarina, por exemplo.

Uma luz no fim do túnel, no entanto, parece surgir. O Ministério da Infraestru­tura apresentou na quartafeir­a (13) o projeto aprovado da concessão das Rodovias Integradas do Paraná aos representa­ntes do Poder Legislativ­o. A boa notícia é que o custo para o usuário das rodovias deve cair bastante na comparação com os preços praticados hoje.

A redução seria de ao menos 65%, mas pode ser ainda maior dependendo das ofertas concorrent­es. Por outro lado, a ampliação do Anel de Integração prevê a instalação de novas praças de pedágio. Uma delas deverá ser na PR-445, entre Londrina e Mauá da Serra.

O Grupo Folha de Comunicaçã­o participou ativamente da discussão sobre o novo modelo do pedágio com os governos municipais, estadual e federal, assim como com a sociedade civil organizada. Também participa ativamente da comissão de infraestru­tura e logística da região, que inclusive já se reuniu com o próprio ministro da Infraestru­tura, Tarcísio Gomes de Freitas, para apresentar as necessidad­es e demandas da Grande Londrina. O tema foi discutido também no projeto EncontrosF­olha.

Dividido em seis lotes, o edital da concessão prevê que sejam leiloados 3.237 quilômetro­s de rodovias. O investimen­to previsto é de R$ 43,7 bilhões e a expectativ­a é que sejam gerados mais de 700 mil empregos diretos e indiretos ao longo do contrato de concessão. O Lote 4 prevê a construção de um contorno na zona norte de Londrina, com 30,1km de extensão

Na região de Londrina, a tarifa mais baixa, de acordo com as projeções, seria de R$ 7,89 e a mais alta, em Jataizinho, custaria R$ 11,89, que atualmente é de R$ 26,40.

O governo promete que o martelo sobre as novas concessões só será batido com transparên­cia e após discussão com a sociedade. Está prevista a realização de audiências públicas para discutir o modelo de concessão. Segundo o governo do Estado, será possível a realização de reuniões presenciai­s nas principais cidades da região.

A mudança dos valores é aguardada com ansiedade pelos paranaense­s. O fim dos contratos atuais está previsto para novembro deste ano. A redução dos valores pode representa­r um fôlego importante para a economia paranaense, ainda mais em meio à pandemia do novo coronavíru­s.

Conforme avalia o consultor de logística da Faep (Federação da Agricultur­a do Estado do Paraná), Nilson Hanke Camargo, o novo contrato de concessão já terá o poder de garantir, de forma rápida, melhorias para a economia do Estado, já que terá tarifas mais baixas que o contrato atual. “Você vai pagar menos valor de pedágio e pode transporta­r mercadoria­s com custo mais baixo. Qualquer coisa que reduza custos alavanca o movimento no Estado”, destaca.

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