Ações de aviação e turismo disparam com vacinação à vista
São Paulo - As ações de aviação e turismo dispararam na Bolsa brasileira nesta quintafeira (14). O setor se beneficia com a expectativa de vacinação na próxima semana.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse a prefeitos que a vacinação contra a Covid -19 começará no dia 20 de janeiro, quarta-feira, às 10h.
As ações da Embraer registraram a maior valorização do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, com alta de 8,48% na sessão.
A Azul veio logo atrás, com ganhos de 7,26%. CVC subiu 5,49% e Gol, 4,49%.
“Essas empresas dependem de vacina e, com essa data, a retomada da atividade pode ser mais rápida do que esperamos”, afirma Fabio Galdino, da Vero Investimentos.
A pandemia de coronavírus reduziu viagens e aumentou restrições ao redor do mundo, impactando severamente a receita de empresas do setor.
A viagem para buscar 2 milhões de doses da vacina de Oxford na Índia, porém, foi adiada. O avião da Azul fretado pelo Ministério da Saúde, que estava previsto para sair do país às 13h desta quinta, sairá na sexta-feira (15), às 23h, por questões logísticas.
O início da imunização também depende de aprovação das vacinas na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
IBOVESPA
O Ibovespa subiu 1,27%, a 123.480 pontos, com a expectativa de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anuncie, ainda nesta quinta, um novo pacote fiscal na ordem de US$ 2 trilhões para dar suporte à economia afetada pela Covid-19.
Em Nova York, o índice Dow Jones atingiu nova máxima histórica intradia, mas perdeu força ao fim do pregão, fechando em leve queda de 0,22%. S&P 500 caiu 0,38% e Nasdaq, 0,12%.
Um dos destaques negativos no pregão de quarta não conseguiu se recuperar nesta sessão, o BB (Banco do Brasil). A ação do BB fechou em queda de 0,23%, após especulações sobre a demissão do presidente da instituição, André Brandão.
O presidente Jair Bolsonaro teria se irritado com o plano de demissão voluntária do Banco do Brasil, e a demissão de Brandão estaria na mesa.
Nesta quinta, após apelos do ministro Paulo Guedes (Economia) e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o presidente Bolsonaro sinalizou a aliados que aceita manter Brandão, mas interlocutores no Palácio do Planalto querem que o banco adie ao menos parte do plano de reestruturação.
O dólar fechou em queda de 1,95%, a R$ 5,2070, com o viés positivo global. Este é o menor valor para amoeda desde 30 de dezembro. O turismo está a R$ 5,367.