Adamadas camélias de Londrina
Em Sociedade tudo ou quase tudo se sabe, diziam os primeiros colunistas do Rio e de São Paulo. O criador dessa forma de jornalismo, o norteamericano de Nova York Walt Winchel, porém, pariu este tipo de coluna, aprovada pelo seu dono do jornal, para publicar fofocas e escândalos de milionários e de políticos. Tanto que sua editoria tinha verba para ele dar gorjetas a recepcionistas de hotéis e maitres de restaurantes, a fim de que obtivesse informes sobre quem estava jantando com quem, onde, quando e a que horas... Pois bem: dentro do espírito dele, esta Coluna poderia registrar, por exemplo, um fato ocorrido no “bas-fond” londrinense: um gerente de banco, nos anos 50-60, apaixonado por uma bela paulista vinda de Presidente Prudente (SP), ficou sabendo que ela adorava camélias. Mas aqui não tinha tais flores, nem na única floricultura boa da cidade. Mandou vir então do Rio, via Vasp ( Aljocir Esteves, o gerente, quebrava qualquer galho dos amigos, pois era o rei de venda de passagens dessa empresa aérea), camélias para o amigo, compradas do florista que atendia hóspedes do Copacabana Palace. Quando ela recebeu as camélias foi um acontecimento na noite da boemia local. Foi o assunto da noite toda. Uma ciumeira espalhou-se, entre outras tantas. Então ela passou a ser chamada de “a dama das camélias”, título do livro famoso de Alexandre Dumas. Despertou curiosidade até entre frequentadoras do soçaite local. Essa historinha foi sugerida para figurar em uma das páginas do incentivado livro que não escrevi, porque já escrevia aqui sobre o que sabemos e podemos. A história de amor deles, que diziam não haver outra igual, durou até que o cravo brigou com a camélia!