Folha de Londrina

Manhattan Connection chega àTVCultura

- Leonardo Volpato

São Paulo - O novo Manhattan Connection estreou nesta quarta-feira (20), às 22h, na TV Cultura, no dia da posse do 46º presidente dos EUA, Joe Biden. Comandada semanalmen­te por Lucas Mendes, Caio Blinder, Diogo Mainardi e Angélica Vieira, o primeiro programa teve a participaç­ão virtual dos ex presidente­s Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer.

O Manhattan Connection comemora 28 anos no ar em 2021, com passagem pelo GNT (1993-2011) e pela GloboNews (2011-2020), canais em que a atração teve bom desempenho de audiência.

Pela primeira vez na TV aberta, a atração terá mais participaç­ão de Pedro Andrade, um novo quadro e a identidade visual renovada - haverá um estúdio para o inverno e outro para o resto do ano.

“Temos liberdade total e absoluta, como no GNT e na GloboNews, para descer a lenha em quem quer que seja. Neste momento meu alvo principal é o Bolsonaro e o bolsonaris­mo, mas vamos chutar todo mundo, pois essa é a função do jornalismo. Ninguém na TV Cultura vai levantar a menor objeção”, diz Diogo Mainardi, na atração desde 2003.

A ideia é ter mais convidados que morem nos Estados Unidos e em outros países para debater com “liberdade total os mais diversos assuntos”. “Traremos mais convidados e estamos consideran­do vozes jovens, interessan­tes e interessad­as. A juventude dita o que acontece conosco. Essas lideranças da juventude são fundamenta­is para a questão global. Teremos mais atenção às redes sociais”, diz Andrade.

Lucas Mendes, pioneiro e criador do programa, afirma que o Manhattan Connection vai retomar a interativi­dade, perdida por causa da pandemia. “Ficamos nove meses na GloboNews trabalhand­o cada um na sua casa. Foi uma experiênci­a nova, mas perdemos a interativi­dade que havia antes da Covid-19.

Agora vamos retomar isso dentro de um estúdio.”

Haverá um quadro no qual será mostrado as esquinas famosas nos Estados Unidos a primeira será a de Donald Trump no Trump Tower, em Nova York.

Mendes afirma, ainda, que não haverá ajuste de linguagem na nova casa. “Estamos em novo cenário, que é extraordin­ário. Mas não houve ajuste editorial no sentido de que agora precisamos focar em outros pontos. Fazemos o programa que sabemos fazer.”

Uma baixa na equipe é a saída do economista Ricardo Amorim da bancada - ele participav­a do programa desde 2002. “Há uns três anos ele já me falava que estava trabalhand­o demais, fazendo conferênci­as, e tinha que sair de São Paulo muitas vezes, não via a família. Tinha vontade de experiment­ar voo solo e agora, com essa mudança, aproveitou”, diz Mendes.

Além de Angélica Vieira, que atuou na concepção do programa em 1993, mas ficava atrás das câmeras, haverá a chegada de uma comentaris­ta de economia, cujo nome ainda não divulgado. “Nós mulheres já trabalháva­mos por trás das câmeras. Espero que todas as mulheres continuem assistindo ao programa”, diz Vieira, que vai mostrar os prédios e estúdios ocupados pelo programa ao longo de sua história e vai apre

sentar o novo cenário no hotel Fasano, na 5ª Avenida.

Já para o escritor e produtor Diogo Mainardi, o segredo é a renovação semanal do Manhattan. Para ele, a audiência será diluída nas diversas plataforma­s, como nas redes sociais na qual o programa estará disponível na íntegra 24 horas após sua exibição original. Também haverá reexibição aos domingos, 23h.

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