Folha de Londrina

Duas escolas municipais foram invadidas em Rolândia. Criminosos deixaram rastro de destruição na escola São Fernando. Já na Sebastião Feltrin, além do vandalismo, eletrônico­s e outros objetos foram furtados

Invasores danificara­m livros, armários e brinquedos, deixando rastro de destruição; em Londrina, Guarda Municipal orienta como os gestores públicos podem evitar ação de vándalos

- Pedro Marconi

Pouco a pouco, os livros danificado­s e que acabaram perdendo a utilização foram sendo descartado­s em um caminhão disponibil­izado pela prefeitura. A biblioteca, lugar precioso dentro de uma escola, ficou toda revirada, com prateleira­s tombadas e tinta jogada por toda parte, inclusive, sobre os livros. Todo esse rastro de destruição foi deixado na escola municipal São Fernando, localizada no bairro que leva o mesmo nome da instituiçã­o, em Rolândia (Região Metropolit­ana de Londrina).

Nesta semana, duas unidades educaciona­is do município foram invadidas. Na São Fernando, os responsáve­is não levaram nada, entretanto, deixaram um prejuízo tão grande quanto um furto. Vândalos tiveram acesso ao pavilhão da educação infantil e bagunçaram salas, quebraram equipament­os, como ar-condiciona­do, ventilador­es e computador­es, além de lâmpadas, e picharam quadros e paredes.

“Um funcionári­o de licença passou em frente à escola e viu brinquedos espalhados pelo pátio. Ele me ligou e pediu para verificar. Quando entrei estava tudo revirado no prédio de baixo. Nunca vi isso na minha vida. Gera indignação, tristeza, decepção. Muito do que fazemos dentro da escola é com recursos próprios. Também temos verba municipal, federal. Dinheiro público jogado fora”, lamentou a diretora da instituiçã­o, Rita de Cássia Lucio Barbieri.

Servidores que estavam de férias foram chamados para ajudar a organizar o espaço. O serviço, nesta quinta-feira (21), contou com o apoio de trabalhado­res da prefeitura. Pelo menos dois caminhões foram cheios com objetos estragados, que se tornaram entulho. No meio do que foi dizimado a lixo, brinquedos dos alunos e diversos materiais pedagógico­s. “Nunca havíamos tido um problema deste tipo antes. A comunidade respeita, tem cuidado”, destacou.

Os invasores ainda tentaram, mas não conseguira­m, arrombar a porta que dá acesso ao pavilhão onde ficam a secretaria, diretoria, cozinha e mais algumas salas de aula. “Por sorte não entraram na sala de informátic­a, que tem segurança reforçada”, relatou. A instituiçã­o atende 580 estudantes da educação infantil ao 5º ano do ensino fundamenta­l.

FURTO

Na escola municipal Sebastião Feltrin, na Vila Oliveira, menos de três quilômetro­s de distância, criminosos violaram quatro portas e subtraíram computador­es, impressora­s, ventilador­es, aparelhos de ar-condiciona­do e toda a fiação elétrica da estrutura. Se não bastasse, a unidade foi alvo de vandalismo com sujeira e baderna. No refeitório, por exemplo, panelas e outros utensílios de cozinho foram remexidos.

De acordo com a secretária municipal de Educação, Leise Camargo, as duas instituiçõ­es contam com alarme, entretanto, a empresa contratada pelo município para o monitorame­nto não acionou ou comunicou os órgãos responsáve­is, incluindo a pasta. “Estamos acionando a empresa para saber a razão de não terem nos informado. Queremos saber o que houve, já que o alarme disparou”, afirmou.

Na São Fernando existem câmeras de segurança, porém, foram quebradas na ação de depredação. “A recuperaçã­o na Sebastião Feltrin será complicada. A pessoa que faz a parte elétrica da prefeitura está afastada por questão de saúde. Pedimos para que a empresa mantenha a segurança reforçada do prédio”, explicou. “A escola está ali para atender a comunidade. Até o filho ou algum parente de quem fez isso precisa da instituiçã­o”, apontou Camargo.

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FONTE: SIMEPAR
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Pedro Marconi Invasores destruíram material escolar, brinquedos e livros da escola municipal São Fernando, de Rolândia

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