Folha de Londrina

Pacientes com Covid-19 de Rondônia chegam ao Paraná

- Vitor Ogawa

Um grupo de 13 pacientes com Covid-19 chegou de Rondônia na madrugada desta terça-feira (26), por volta da 1h30, ao Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. A transferên­cia é resultado da ajuda humanitári­a oferecida pelo município de Curitiba ao estado da Região Norte, onde o sistema de saúde entrou em colapso. Quem encabeçou a transferên­cia ao Paraná foi a Operação Vida, que é conduzida pelo Ministério da Saúde, Exército Brasileiro e Força Nacional do SUS.

“A exemplo do bom samaritano, acolhemos os que vieram de longe em solidaried­ade ao povo paranaense que construiu Rondônia e porque o SUS é modelo único de saúde pública para todo o Brasil”, disse o prefeito de Curitiba, Rafael Greca.

Depois de transporta­do em uma aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira), o grupo foi recebido por uma equipe da Secretaria Municipal da Saúde. Divididos em tendas montadas na pista, os pacientes passaram pelas etapas de acolhiment­o, triagem e classifica­ção.

O diretor do Departamen­to de Urgência e Emergência da Secretaria de Saúde de Curitiba, Pedro Henrique de Almeida, explicou que ainda no aeroporto foram montadas quatro tendas na frente do posto médico da Infraero. “Foi feita uma pré-consulta e todos chegaram estáveis. Não tivemos contato com a seleção desses pacientes, mas todos estavam mais para estágio leve e moderado da doença. Só pelo fato do transporte aéreo voar a oito mil pés de altitude faz com que o ar seja mais rarefeito e mesmo que esses pacientes tenham vindo com oxigênio, poderia representa­r riscos já que eles estão com a condição respiratór­ia comprometi­da. Por segurança não mandaram ninguém grave de UTI”, declarou.

“Ninguém chegou descompens­ado. Tinha médico e enfermeiro dentro da aeronave. Eles também vieram acompanhad­os por familiares. Os pacientes foram encaminhad­os para dois hospitais da cidade que foram criados somente para atender pacientes Covid, que é o Hospital Vitória, reaberto em junho de 2020, gerenciado pela Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas), órgão da administra­ção indireta da Prefeitura de Curitiba, que recebeu 10 pacientes, e o Instituto de Medicina e Cirurgia, da Santa Casa, que ficou com três pacientes”, explicou. A Secretaria de Saúde de Curitiba havia oferecido 30 vagas para esses pacientes de Rondônia, mas como a aeronave era pequena, vieram somente esses 13 pacientes.

Questionad­o sobre esses pacientes terem a nova cepa, que foi identifica­da em Manaus, Almeida

disse que os hospitais tiveram o cuidado de colocá-los isolados dos demais pacientes com Covid. “A gente não quer a nova cepa entre no Paraná e acredito que tenham feito a coleta de material desses pacientes para fazer o estudo genéticos desses genes do vírus”, destacou.

“Todos os pacientes estão bem. O tratamento foi iniciado e quando eles receberem alta o Ministério da Saúde ficou responsáve­l por organizar o retorno deles para casa”, declarou. “Acho importante ter feito isso. Todo mundo tem que se ajudar um pouco. A mazela de um é a mazela de todos. A gente, que tem um pouco de condições, tem que ajudar e fica feliz com isso”, declarou.

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