Folha de Londrina

CLAUDIO HUMBERTO

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Reforma ministeria­l será menor do que se espera

Ao admitir a recriação de ministério­s, o presidente Jair Bolsonaro apenas sinalizou que será mais limitada do que se supõe a reforma ministeria­l prevista para depois das eleições às mesas diretoras da Câmara e do Senado. O presidente pretende usar os ministério­s ressuscita­dos para contemplar os aliados com os cargos que reclamam. Mas ele já avisou, e o centrão assentiu, que não abrirá mão de escolher os próprios ministros.

Ministros, não

O presidente admite indicações técnicas de parlamenta­res para cargos de segundo e terceiro escalões. Ministros, nem pensar.

Desconfort­o

Bolsonaro concorda com em abrir espaço para ter apoio no Congresso, mas se sente desconfort­ável com a ideia de dispensar seus ministros.

Campo de batalha

Um princípio de ouro entre militares explica a dificuldad­e de Bolsonaro de demitir ministros: não abandonar companheir­os no campo de batalha.

Ministros mantidos

A recriação de alguns ministério­s (Cultura, Esportes e

Pesca) permitiria a Bolsonaro manter quase todos os seus atuais ministros.

PP busca romper hegemonia de DEM, MDB e PT

Se for eleito presidente da Câmara nesta segunda (1º), Arthur Lira (AL) será o terceiro deputado do PP no cargo, rompendo longa hegemonia do DEM, MDB e PT e esperança de estabilida­de do partido nessas funções. Parlamenta­r experiente e mestre do relacionam­ento com os colegas, Lira deverá ser votado por todos os segmentos da Câmara, inclusive partidos de esquerda, mas ninguém se engane: o deputado alagoano sabe ser tão afável no trato com aliados quanto implacável contra adversário­s.

Nova concepção

A certeza de aliados de Lira é que sua presidênci­a em nada lembrará os lamentávei­s Severino Cavalcanti e Waldir Maranhão, ambos do PP.

Severino, o breve

Severino Cavalcanti (PE) foi o primeiro presidente da Câmara filiado ao PP. Eleito em 2005, renunciou 7 meses depois, enrolado em denúncias.

O vira-casaca

Waldir Maranhão (MA), vice de Eduardo Cunha, foi “convencido” por Flávio Dino (PCdoB) e quase “anulou” a cassação de Dilma. Vexame.

Trapaça trabalhist­a

Empresas distribuid­oras do mesmo grupo econômico há duas décadas, Globo e Dinor foram condenadas na 19ª Vara do Trabalho de Recife a indenizar 5 ex-funcionári­os. Não pagaram e ainda transferir­am a dívida para outra, Imediata Distribuid­ora, que nada tem com o caso. Essa

Justiça do Trabalho...

Insaciávei­s

O primeiro mês do ano mal se encerrou e os deputados federais já receberam mais de R$ 461 mil a título de auxílio-moradia. O valor foi distribuíd­o entre 107 deputados, dos quais 49 recebem em dinheiro.

Já vão tarde

Maia e Alcolumbre chegam ao fim de suas presidênci­as com a marca da mediocrida­de: poderia ter feito história com a renúncia de Bolsonaro ao “presidenci­alismo de coalização”. Em vez de liderar a transforma­ção, preferiram brigar por cargos. Maia até virou inimigo do presidente.

PODER SEM PUDOR

Nepetismo militante

Certa vez, durante o governo Lula, discutia-se na Câmara sobre a emenda proibindo nepotismo no serviço público, quando o deputado tucano Zenaldo Coutinho (PA) arrancou gargalhada­s ao ilustrar, com uma história, a fome do PT por cargos. Ele contou que um colega deputado, cuja identidade não revelou, estava procurando alguém para se casar, mas faz uma exigência: a pretendent­e deve ser petista. “Por que?” – perguntou Coutinho. A resposta: “Ela já vem empregada no governo federal...”

“Brasil e Índia, uma parceria que veio para ficar””

Presidente Bolsonaro comemora elogios do embaixador indiano à parceria com o país

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