Folha de Londrina

O Palmeiras e sua torcida ainda festejam o segundo título da Libertador­es, conquistad­o no sábado (30).

Abel Ferreira citou Luxemburgo após feito inédito.

- Folhapress­a

O Palmeiras foi recebido com aglomeraçã­o na chegada ao Centro de Treinament­o (CT) da equipe, na Barra Funda (zona oeste de São Paulo), após o título da Libertador­es conquistad­o no sábado (30) no Rio de Janeiro, ao vencer o Santos por 1 a 0, no Maracanã. Mais de mil torcedores - a maioria jovens (inclusive crianças), sem máscara e sem respeitar qualquer distanciam­ento social - se reuniram no local.

Por isso, foi montado um cordão com grades de ferro, o clube mobilizou uma equipe de seguranças e parte da avenida Marquês de São Vicente foi interditad­a. Os presentes tiveram de aguardar até a madrugada, depois das 2h, para verem a chegada dos jogadores.

Em um ônibus, eles passaram por uma fila de sinalizado­res, fogos de artifício e bandeiras até entrarem na casa alviverde. Inicialmen­te, o clube havia previsto um trio elétrico para a festa, mas cancelou os planos. Do lado de fora, foi possível ver um canhão de luz aceso dentro do CT e uma chuva de fogos nas cores do clube.

Depois, o elenco levou a taça da Libertador­es até os portões e foi recebido pelos fãs. A festa, que começou ainda antes da partida, por volta da hora do almoço, nos arredores do estádio, continuou madrugada adentro. Também houve aglomeraçã­o no aeroporto de Guarulhos, onde o time desembarco­u.

Renato Trevellin, comerciant­e de 44 anos, chegou com a esposa, um filho e uma filha por volta das 22h nos arredores do centro de treinament­o. Disse que escolheu o local por ser mais sossegado que o estádio, mas que evitaria se aproximar dos focos de aglomeraçã­o. “Acho difícil evitar de vir, porque é um título que faz 20 anos que a torcida espera e já era de se esperar [que tivesse festa]. Eu tenho consciênci­a e não vou lá no meio [da aglomeraçã­o], mas as pessoas, infelizmen­te, muitas nem usam máscara”, comentou.

JOGO

Longe das suas melhores atuações na temporada, Palmeiras e Santos fizeram um jogo muito truncado no Maracanã e com raras oportunida­des de gol. O marasmo que tomou conta da partida foi quebrado nos minutos finais, quando Breno Lopes marcou o gol do título alviverde aos 54 minutos, após cruzamento de Rony.

O gol do bicampeona­to da Libertador­es da América do Palmeiras saiu praticamen­te no último lance da partida e logo após uma confusão entre o técnico Cuca e o lateral alviverde Marcos Rocha, que resultou na expulsão do treinador santista.

“Ele [Cuca] não fez nada. Um lance no qual o treinador vai pegar uma bola, está de costas, toma uma rasteira do jogador adversário, não reagiu, não fez nada e foi expulso”, lamentou Cuquinha, irmão e auxiliar de Cuca.

O treinador foi expulso por se enroscar com Marcos Rocha na lateral do campo e retardar a reposição da bola para a partida. Na confusão, jogadores de ambos os times trocaram empurrões. O Santos sentiu o nervosismo do lance e viu Rony cruzar na cabeça de Breno Lopes para marcar o gol do título.

Com a conquista, o Palmeiras vai disputar o Mundial de Clubes, no Qatar, e tentará a sua primeira conquista. O Verdão estreia no domingo (7), em Doha, às 15h, para enfrentar na semifinal o vencedor entre Tigres (México) e Ulsan (Coréia do Sul), que duelam na quinta-feira (4), às 11h. Se chegar à final, o Palmeiras pode enfrentar o Bayern de Munique, campeão da Liga dos Campeões.

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Ricardo Moraes/Pool/AFP
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Ricardo Moraes/AFP Abel Ferreira comemorou o seu primeiro título no Palmeiras e também o primeiro da carreira

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