Folha de Londrina

Avisar um vizinho de confiança sobre a viagem é muito importante, assim como seguir as dicas de como evitar que o imóvel “denuncie” que a família está de férias

- Débora Mantovani Estagiária*

No início do ano, mesmo em meio à pandemia, não é incomum as pessoas viajarem de férias por alguns dias. Além dos cuidados redobrados que se deve ter por conta da Covid-19, é importante tomar precauções para evitar furtos ao deixar a residência vazia, principalm­ente para quem mora em casa.

Avisar um vizinho de confiança sobre a viagem é uma das indicações do comandante do 5º BPM (Batalhão da Polícia Militar do Paraná) tenente coronel Nelson Villa Júnior. “Nós sugerimos para que esse vizinho possa, além de cuidar da residência, notando alguma atividade anômala, fazer também a limpeza da parte da frente da casa”, diz.

O comandante explica que folhas secas caídas no quintal e sujeira acumulada são indicativo­s de que a casa está vazia, o que pode atrair criminosos. “Uma outra coisa de extrema importânci­aéoequívoc­oqueaspess­oas têm de deixar a luz da frente da residência acesa”, pontua Villa. Ele explica que muitos fazem isso para criar a ilusão de que tem pessoas na casa. “Isso à noite pode funcionar. Mas, essa mesma luz, se mantida ligada durante o dia, tem o efeito inverso, pois é indicativo de que não há ninguém na residência”, explica.

O subcomanda­nte da 4° CIPM, 1° tenente Emerson Castro, também não recomenda as luzes acesas durante o dia. “As luzes internas podem ser programada­s para acenderem em determinad­o período ou ainda alguém poderá acendê-las. Não deixe luzes externas acesas”, recomenda. Ele orienta sobre o uso de cadeados. “Os cadeados postos para fora do portão indicam que os moradores saíram. Portanto, deixe-o do lado de dentro”, recomenda.

Tenente Castro lembra também os cuidados para quem mora em apartament­o. “Certifique-se de que o apartament­o esteja trancado, desligue o botijão de gás, confira se não há nenhum equipament­o eletrônico ligado ou algo no fogo”, pontua. “O que for possível retire da tomada”. Ambos aconselham a deixar uma chave de casa com um vizinho de confiança, para que recolha correspond­ências e periódicos que forem entregues na casa. “O acúmulo deles é um indicativo de que a casa está vazia”, explica o comandante do 5º BPM.

Villa indica também para que os vizinhos que estiverem tomando conta da casa não esperem o roubo acabar para contatar a polícia. “Qualquer situação ou comportame­nto de pessoas próximas à residência que parecer suspeito deve ser imediatame­nte informada ao 190”, orienta. “A nossa missão principal é a prevenção, evitar que o crime aconteça. Quanto mais rápido a polícia for informada, mais provável é que se consiga recuperar os pertences que foram roubados ou evitar que o crime seja concluído”, afirma.

Os dois sugerem a aquisição de um dispositiv­o de segurança monitorado. “A utilização de câmeras de segurança e de alarmes é sempre importante para prevenir e reprimir crimes”, ensina o subcomanda­nte da 4° CIPM. Além disso, Castro explica que a chave deixada com um vizinho pode ser útil para a polícia. “É comum a polícia atender ocorrência­s de arrombamen­to e os policiais não conseguire­m fazer a abordagem de suspeitos na casa, porque não conseguem acessar o ambiente”, afirma.“Quandohápr­evençãooua repressão de furtos e roubos em residência­s é normalment­e porque um vizinho ou parente nas proximidad­es comunicou à polícia sobre o crime”, pontua.

Ele finaliza as recomendaç­ões com um alerta: “não deixe seu animal de estimação sozinho e trancado”. É necessário deixá-los sob cuidado de um vizinho ou parente. “Deixar o animal em condições precárias caracteriz­a o crime de maus tratos contra os animais”, aponta.

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