Folha de Londrina

Sonhos após os 60

The Voice+ é mais que um programa de domingo, é fonte de inspiração para pessoas da terceira idade

- Felipe Soares Cruz *Estagiário Supervisão: Célia Musilli/ Editora

Desde criança, todos têm a oportunida­de de sonhar. Uns querem ser médicos, engenheiro­s, veterinári­os e outros artistas. Contudo, nem todos tem a mesma possibilid­ade disso se tornar realidade tão cedo. Com as intempérie­s e adversidad­es da vida, uns acabam engavetand­o seus sonhos ou infelizmen­te desistindo deles.

Mesmo sendo uma minoria, muitos idosos tem mostrado cada vez mais sua vontade de viver e realizar o que tanto queriam quando mais jovens. O programa The Voice + vem se tornando uma fonte de inspiração para muitos acima dos 60. Cheios de vida e histórias para contar, é através da música e da arte que eles se encontram de fato.

Ceiça Moreno é uma das participan­tes desta edição. Aos 74 anos, Ceiça se apresentou ao som do Rei do Baião Luiz Gonzaga. Cheia de carisma e com um grande sorriso no rosto, a artista levou os jurados aos prantos durante sua apresentaç­ão com a música “Que Nem Jiló”. Natural da cidade de Moreno, região metropolit­ana de Recife, Ceiça mesmo nervosa deu conta do arrasta-pé.

Segunda a cantora, ela sempre teve o sonho de ser artista, mas sua mãe sempre lhe disse que “para continuar com a música, você precisa continuar com os teus estudos. Caso contrário não tem conversa”. Quando o assunto é sonho Ceiça não poupou esforços, a cantora então deu conta dos estudos e se formou em Música pela Universida­de Federal de Pernambuco.

Outra cantora 60+ que vem dando o que falar é a amazonense Celestina Marina, 79. A única representa­nte do estado apresentou-se ao som de “Cordas de Aço”, de Cartola. Durante o programa da TV Globo, ela contou que o pai dela era músico e a mãe sempre cantou em casa e que isso lhe serviu de inspiração ao lon

go dos anos. Cantora de rádio no início da carreira, ela diz que gosta de samba, mas encara qualquer ritmo, desde que goste da música. “Eu pretendo representa­r o meu Estado do Amazonas no The Voice +, dando aquele show”, disse, antes da apresentaç­ão.

Outra artista que não passou despercebi­da foi a dona Miracy de Barros. Aos 84 anos, ela esbanjou talento ao cantar “Quando te vi”, de Beto Guedes. “Sempre tive o sonho de ser artista, mas precisei deixar de lado porque meu pai dizia que não dava para ganhar a vida sendo cantora. Mesmo com tudo aquilo, eu não desisti, só guardei esse sonho para terminar de realizá-lo mais para frente e olha eu aqui”, disse Miracy sorrindo durante o programa.

O The Voice+ além de ser uma grande oportunida­de de reconhecim­ento é, também, um concretiza­dor de sonhos. Inúmeras vozes já passaram pelas edições anteriores do programa, ganhando uma visibilida­de jamais esperada pelos artistas e, mesmo aqueles que só fizeram uma breve passagem, conseguira­m dar o passo fundamenta­l para iniciar sua carreira profission­al. Até mesmo para os que já passaram dos 60, o sonho não morre, ele vive e se transforma dentro de nós com o tempo. Nunca é tarde para voltar a sonhar, muitos menos para realizá-los.

Programa é um realizador de sonhos pelas oportunida­des que oferece”

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Ceiça Moreno, 74, fez uma apresentaç­ão ‘Ave Maria’ à pedido do técnico Daniel
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Miracy de Barros, 84, esbanjou talento ao cantar “Quando te vi” de Beto Guedes
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Fotos: Globo/ Divulgação Celestina Marina, 79, se apresentou com a música ‘Cordas de Aço’ de Cartola

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