‘Estou certo de que agora as reformas vão andar’
Definida a nova mesa diretora da Câmara, como analisa a perspectiva do próximo biênio?
A perspectiva é positiva, pois agora temos na presidência da Casa alguém disposto a um diálogo realmente republicano e propositivo, com foco no país, e não um sabotador com interesses eleitorais, como era Rodrigo Maia (DEM-RJ). As pautas defendidas pela maioria dos brasileiros em 2018, com a eleição de Jair Bolsonaro (sem partido), finalmente serão apreciadas pelo Congresso.
A Câmara saiu fortalecida após as eleições internas?
Não tenho a menor dúvida disso. O presidente anterior se preocupou demais em fortalecer a si mesmo e ao seu restrito grupo de privilegiados. Agora isso acabou e, conforme dito muito corretamente pelo presidente Arthur Lira, é o plenário que volta a ter poder. As vozes de todos os deputados terão o mesmo valor e serão ouvidas igualmente.
É possível o Congresso e o governo chegarem a uma agenda em comum?
A gestão anterior, de Rodrigo Maia, emperrou a pauta econômica porque ele sabia que os planos propostos pela equipe econômica do presidente Bolsonaro tinham tudo para funcionar, para fazer a economia decolar, e ele queria evitar isso de qualquer maneira, pois só pensava em prejudicar o governo, de olho nas eleições de 2022. Já que não há mais essa barreira, esse sabotador, o diálogo entre Executivo e Legislativo passa a funcionar com normalidade e a necessidade de reformas é quase consensual no Congresso. Tenho certeza de que agora as reformas vão andar.
Quanto à pauta de costumes, acredita que os temas irão avançar?
Primeiro, é necessário ressaltar que o termo “pauta de costumes” não é muito preciso e, muitas vezes, é usado com sentido pejorativo, para desqualificar. A flexibilização da posse e porte de armas, por exemplo, é questão de segurança pública, de direito à propriedade e de liberdades individuais. Bem como a questão do “homeschooling” é questão de liberdade de ensino e de reconhecimento do direito das famílias em escolher a educação que querem para seus filhos. Nada disso é simplesmente costume e são temas que precisam ser tratados com mais respeito. Acredito que, para a maior parte desses temas, há maioria consolidada ou, no mínimo, há a possibilidade de se construir maioria conforme o debate for esclarecendo as dúvidas daqueles que têm pouco conhecimento sobre essas pautas.
Quanto à sua agenda política, vê boas perspectivas?
Sim, olondrinense conhece minhas lutas desde o período como vereador e o presidente Arthur Lira me garantiu que teremos voz e condições de igualdade para lutar contra a ideologia de gênero, contra o aborto, a favor da liberdade na educação e da liberdade de expressão na internet.