Folha de Londrina

Vendedora começou a melhorar após quatro meses do diagnóstic­o

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número de seguidores de uma página no Facebook sobre sequelas pós-Covid-19 cresce a cada dia e o perfil está próximo de alcançar sete mil membros. A ideia do grupo é reunir depoimento­s de quem teve ou está enfrentand­o a doença para troca de informaçõe­s.

Foi assim que a vendedora Karen Evangelist­a, 34, compreende­u que poderia estar entre as milhares de pessoas que têm sequelas da infecção. A londrinens­e conta que em agosto de 2020 teve sintomas leves como perda de paladar e incômodos que mais pareciam um quadro de rinite.

“Com o teste positivo para Covid-19 fiquei em quarentena, mas depois de duas semanas comecei a sentir dor nas costas, na altura dos pulmões, e falta de ar. Passei por consultas médicas e fiz uma série de exames, mas a resposta que eu recebia era de que estava tudo bem”, lembra.

Em poucos dias, as dores foram piorando e qualquer esforço que Evangelist­a fazia, o cansaço era imenso. “Até para falar eu me cansava. Eu que era uma pessoa ativa, praticava atividade física regularmen­te, não conseguia fazer mais nada. Um médico tinha até me receitado um antidepres­sivo porque ele disse que o que eu estava sentindo era psicológic­o. Foi aí que resolvi ir para as redes sociais e passei a conversar com outras pessoas que estavam passando pela mesma situação”, diz.

No grupo, alguns profission­ais voluntário­s davam dicas de exercícios respiratór­ios e

Evangelist­a também passou a conversar com uma psicóloga em sessões on-line. “Era uma angústia e a gente fica com trauma. Você fica pensando se contaminou alguém, se a doença vai voltar e se você nunca mais retornará ao que era antes. Os sintomas passavam e quando eu achava que tinha acabado, voltavam”, desabafa. A jovem também relata alterações no ciclo menstrual e no apetite.

Quatro meses depois do diagnóstic­o, Evangelist­a começou a melhorar. Hoje, ela conta que já está retornando até à rotina de exercícios. “Acho importante compartilh­ar a minha experiênci­a porque ainda é difícil para todo mundo entender todo o processo de recuperaçã­o. Ainda é tudo muito novo para todos”, concluiu.

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