Folha de Londrina

Revitaliza­r o Bosque é cuidar da memória de Londrina

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A prefeitura de Londrina deu início a uma nova tentativa de tirar o Bosque Central “Marechal Cândido Rondon” do status de “ex-cartão postal” da cidade e devolvê-lo ao lugar que merece entre as belas paisagens da cidade.

Nesta semana foi dada a ordem de serviço e nos próximos dias a Construtor­a San Pio, de Pedrinhas Paulista, município do interior de São Paulo, deve dar início aos trabalhos. Tudo começará com a remoção dos pisos e os principais acessos serão fechados com tapume.

A construtor­a que ganhou a licitação para fazer a obra trabalhará em duas frentes e o espaço do “Zerinho” também está no cronograma inicial das equipes.

O projeto de revitaliza­ção do Bosque Central, obra que custará R$ 2.519.888,36, foi desenvolvi­do pelo Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamen­to Urbano de Londrina) e prevê aumento da iluminação central e nos caminhos originais. Só na iluminação serão investidos cerca de R$ 500 mil.

Pista de skate e espaço pet certamente agradarão a vizinhança que sonha com um bosque seguro para frequentar e atravessar durante o dia e à noite.

Será preciso ficar atento ao corte das árvores, para não retirar espécies raras e sadias. Em janeiro, houve a queda de duas árvores condenadas e de grande porte no Bosque, sendo uma delas um exemplar de Pau-d’alho, que foi arrancado pela raiz e caiu sobre outras árvores.

Que o Bosque perca essa imagem de abandono e inseguranç­a. Infelizmen­te, essas são caracterís­ticas muito comuns nos centros históricos das cidades de médio e grande porte.

Espera-se que junto com a revitaliza­ção, o município encontre também uma solução para a superpopul­ação de pombos que vivem no local. Há décadas, o poder público vem tentando medidas que provoquem a diminuição do número de aves. Mas pouco efeito positivo foi alcançado.

É importante lembrar que mais que um “ex-cartão postal”, o Bosque Central faz parte da história da cidade e contribuiu de maneira singular no desenvolvi­mento da nossa identidade. É como se o Bosque fosse testemunha do tempo e do cresciment­o de Londrina. Preservá-lo é cuidar da nossa memória.

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