Folha de Londrina

Pais assinam termo de responsabi­lidade

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‘NÃO EXISTE FORMATO IDEAL’

Para o prefeito Conrado Scheller, o modelo encontrado segue os parâmetros que a OMS (Organizaçã­o Mundial de Saúde) e o Ministério da Saúde preconizam e surgiu com base em análises técnicas. “Não existe um formato ideal, não existe um gabarito para copiar, nem mesmo na medicina isso existe. Foi um debate profundo, a gente não decidiu ontem que vai ter aula hoje, nós estamos desde o ano passado pensando e esse foi o melhor formato que encontramo­s com técnicos e especialis­tas, analisando o que acontece no mundo”, argumenta.

Sobre a decisão do retorno, o prefeito aponta a pesquisa em que 52% dos pais ou responsáve­is concordara­m com a volta das aulas presenciai­s e rebate às críticas sobre liberar os alunos agora em vez de esperar a vacina. “A vacina não está chegando para todo mundo. Nós teríamos que admitir que se fôssemos esperar a vacina, teríamos que ficar mais oito meses sem aula e perderíamo­s mais um ano letivo, porque já estamos em março”, explica. “Se a sociedade optar por ficar mais um ano sem aula o prefeito não vai se indispor, porque eu vou com a maioria”, acrescenta. Entre os pais consultado­s, 1.200 não se manifestar­am. A secretaria municipal de Educação pede para que eles entrem em contato com a escola com as suas decisões.

O prefeito Conrado Scheller afirma que as equipes estão preparadas para identifica­r sintomas de Covid nos alunos, mas conta com os pais para que monitorem seus filhos em casa. Para isso, a prefeitura enviou termo de responsabi­lidade que deve ser assinado pelos pais, o que gerou discussão. “Muitos pais pensaram que o termo é igual aquele de cirurgia: ‘tudo pode acontecer’, mas não é isso. Esse termo é para que o pai, se tiver notado um sintoma no filho, se teve contato com alguém que positivou na semana, que segure essa criança em casa”, afirma.

Segundo Scheller, as equipes vão mapear os casos para que haja aumento de atenção quando houver uma criança com sintomas ou positivada para que não haja um surto. “O mais importante é preservar a vida dos alunos e dos professore­s, então, a gente está tentando encontrar caminho que a gente possa preservar a vida”, defende.

VEREADORES

O presidente da Câmara de Vereadores, Fernando Lima (DEM), afirma que o Legislativ­o irá acompanhar o retorno às aulas. “Nossa ideia é acompanhar, trabalhand­o com o município, com a secretaria de

Educação, para ajudar de alguma forma e transmitir essa segurança tanto para os pais, quanto para toda a sociedade”, afirma.

A proposta é que todas as escolas recebam membros do legislativ­o, que devem observar o funcioname­nto com intuito de garantir que todas as medidas de segurança são adotadas. “A gente orienta os vereadores a fazerem esse acompanham­ento às segundas-feiras, quando não haverá aula, é um dia reservado somente para a entrega de material, reuniões com os pais, e seria um dia mais apropriado para a visitação”, indica.

(L.T.)

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